dc.identifier | Teixeira, Irene Barbosa da Fonseca. O ensino de insetos na Educação Básica : uma revisão sistemática. São Cristóvão, 2020. Monografia (Graduação de Licenciatura em Ciências Biológicas) – Departamento de Biologia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2020 | |
dc.description | O presente estudo teve como objetivo identificar tendências, lacunas, dificuldades e possibilidades para o ensino de insetos na Educação Básica no Brasil, a partir de uma revisão sistemática da literatura dos últimos 10 anos. Para a revisão, foram utilizados os buscadores Periódicos CAPES (termos “inseto* AND educação”; “inseto* AND ensino”) e Google Scholar (termos “inseto* educação ensino”), diagnosticando um total 28 publicações sobre o tema. Com relação aos grupos taxonômicos abordados, 75% dos artigos utilizaram a classe Insecta como um todo, e 25% se concentraram em um grupo específico (17,8% abelhas, 3,6% cupins, 3,6% efemerópteros), de modo que se pode pensar nas lacunas relacionadas a iniciativas com outros grupos de insetos de interesse, como aqueles mais estigmatizados (e.g. baratas e moscas) ou prioritários em conservação, e nas possibilidades de serem trabalhados estes tópicos no futuro. Quanto ao tema geral das pesquisas, foram identificadas 4 principais tendências, a saber: “Artigos que investigaram as concepções, as percepções e/ou os conhecimentos dos alunos a respeito de insetos” (35,7%) (subtópico 4.1), “Artigos sobre a concepção docente a respeito do ensino de insetos” (3,6%) (subtópico 4.2), “Artigos sobre a eficiência de métodos, abordagens ou ferramentas para o ensino de insetos” (57,1%) (subtópico 4.3) e “Artigos que realizaram a análise de livros didáticos” (10,7%) (subtópico 4.4). Para o subtópico 4.1, observamos, de forma geral, que é comum que alunos cometam erros em relação à identificação taxonômica de insetos, às suas características morfológicas e à sua importância ecológica, além de geralmente associarem esses animais a características negativas como nojo e medo. No subtópico 4.2, o único artigo encontrado relatou como professores gostariam de realizar atividades práticas ou com mais recursos audiovisuais, porém se encontram limitados pela disponibilidade de material. Já nos artigos do tópico 4.3, percebemos abordagens diversas para aulas sobre insetos (em sala de aula, em laboratório e em campo), porém, com poucos relatos de uso de metodologias ativas e TDIC, as quais podem ser trabalhadas nos próximos anos. Também foi constatado em metade das publicações desse subtópico o uso de questionários prévios e posteriores como forma de avaliação do aprendizado, instrumento que pode ser repensado para incluir outras formas de avaliação mais holísticas. Finalmente, no subtópico 4.4, foi constatado que os livros didáticos de Ciências e Biologia dedicam poucas páginas para o conteúdo de insetos, a despeito da diversidade desses artrópodes, e trazem poucas informações acerca de sua importância ecológica, possivelmente reforçando um ensino mais conteudista sobre essa classe. | |