dc.description | Os moluscos das classes Bivalvia e Gastropoda possuem variados modos de vida e
alimentação. A análise destes, em conjunto com a comparação entre espécies fósseis e atuais,
permitem a compreensão e a utilização desses grupos para a interpretação paleoambiental.
Nesse sentido, a abundante fauna de moluscos bentônicos do Cretáceo marinho de Sergipe
tem sido essencial para reconstruções paleoambientais, em especial, da Formação Riachuelo
(Bacia de Sergipe). Essa formação foi depositada em um ambiente interpretado como uma
plataforma carbonática, que está dividida nos membros Angico, Maruim e Taquari. Esse
trabalho teve como objetivo utilizar os moluscos das classes Bivalvia e Gastropoda na
interpretação paleoambiental da Formação Riachuelo (Cretáceo Inferior), Bacia de Sergipe.
Uma extensa pesquisa bibliográfica foi realizada sobre a paleontologia e a paleoecologia
desses táxons. Deste modo, foram analisadas, até o momento, 25 famílias de bivalves e 18
de gastrópodes. De acordo com a abundância e a relevância ambiental dos táxons foram
escolhidos alguns bioindicadores. Os moluscos representados pelos gêneros Gervillia,
Neithea, Anditrigonia, Pleuromya, Turritella e Natica foram selecionados para os depósitos
do Membro Angico. Os representantes dos gêneros Aguileria, Oistotrigonia, Anchura e
Trochus escolhidos para o Membro Taquari e dos gastrópodes Peruviella e bivalves
Amphidonte, Exogyra e Ilymatogyra para o Membro Maruim. | |