dc.description | Este estudo tem por objetivo verificar se as divulgações voluntárias de informações de responsabilidade social corporativa influenciam a estrutura de capital das empresas listadas na BM&FBOVESPA, sob a ótica das teorias de Tradeoff e Pecking Order, no período de 2008 a 2012. A amostra foi composta pelas empresas não financeiras com informações disponíveis. Os dados foram coletados através de fontes secundárias, sendo as informações contábeis obtidas das bases de dados Economatica e Datastream e as informações sobre responsabilidade social corporativa obtidas dos relatórios de sustentabilidade publicados nos websites das empresas e no site da Comissão de Valores Mobiliários. Para mensurar a divulgação voluntária de informações de responsabilidade social corporativa, construiu-se um índice (IRSC) composto por 24 questões objetivas compreendendo aspectos de (i) estrutura de governança e sistemas de gestão, (ii) credibilidade, (iii) indicadores de desempenho ambiental e (iv) gastos ambientais. As empresas com maior pontuação no índice pertencem aos setores de exploração de petróleo e gás; geração, transmissão e distribuição de energia; indústria de papel e celulose; e, mineração de metais. A pontuação média das empresas se manteve em torno de 12 pontos. A análise foi feita com regressão múltipla de dados em painel desbalanceado com efeitos fixos e, com os dados em corte transversal, empregou-se modelagem de equação estrutural. Os resultados mostram que a teoria de Pecking Order é quem dá sustentação à forma como as empresas adotam suas estruturas de capital. Com a inclusão da proxy IRSC no modelo de determinantes da estrutura de capital, foi observada uma relação positiva, indicando que as empresas que disponibilizam mais informações para o mercado conseguem mais facilmente captar recursos através de dívidas. Pelos testes realizados não foi confirmada a presença de endogeneidade entre o IRSC e a estrutura de capital. Para futuras pesquisas, sugere-se que o estudo seja expandido para outros países._______________________________________________________________________________________ ABSTRACT: This study aims to determine whether the voluntary disclosures of corporate social responsibility influence the capital structure of companies listed on BM&FBOVESPA, according to the perspective of Tradeoff and Pecking Order theories, in the period 2008-2012. The sample was composed by non-financial firms with available information. Accounting data were collected from Economatica and Datastream databases, and corporate social responsibility information was obtained from sustainability reports published on companies’ and the Comissão de Valores Mobiliários’ websites. To measure the voluntary disclosure of corporate social responsibility, it is constructed an index (IRSC) consists of 24 objective questions to understand aspects of (i) governance structure and management systems, (ii) credibility, (iii) environmental performance indicators and (iv) environmental spending. Companies with the highest score in the index belongs to sectors oil and gas; generation, transmission and distribution of energy; pulp and paper industry; and metal mining. The average of the companies in the index remained around 12 points. The analysis was performed using multiple regression on unbalanced panel data with fixed effects and with cross-sectional data it is used structural equation modeling. The results show that the Pecking Order Theory support to how companies adopt their capital structures. With the inclusion of IRSC in the determinants of capital structure model, a positive relationship was observed, indicating firms that provide more information to the market can more easily raise funds through debt. The tests cannot confirm the presence of endogeneity between IRSC and capital structure. For future research, it is suggested that the study be expanded to other countries. | |