| dc.description | Problemas como a segregação sócia espacial e a
exclusão social são presentes nas cidades contemporâneas.
Uma parcela da população vive em áreas afastadas dos
centros urbanos, sem acesso a equipamentos de lazer,
cultura, educação, apoio social, saúde e espaços públicos.
Junto a isso este trabalho de conclusão do curso parte da
analise dessas situações de bairros excluídos na cidade de
Uberlândia, MG, entendendo suas necessidades por meio de
analises urbanas e in loco, e fazendo uma proposta de
projeto arquitetônica integrada como uma escala urbana.
O bairro analisado foi o Residencial Integração no
setor Leste de Uberlândia, que desde sua origem tem suas
características na irregularidade, fruto de assentamentos e
loteamentos clandestinos. A partir da necessidade dos
usuários de ter acesso à moradia, a ocupação em uma área
sem infraestrutura gerou diversos problemas. Dentre eles,
problemas quanto à demora de acesso a infraestrutura e a
falta de espaços públicos e de equipamentos no bairro. Além
de problemas quanto a atividades informais, a falta de apoio
e inclusão social dos moradores, também tem as barreiras
físicas como rodovias, penitenciária, CESEU e glebas não
parceladas.
O grande déficit de equipamento no bairro faz com
que o programa de necessidade seja extenso, este definido
por meio de instrumentos de pesquisa in loco, por meio de
questionários, entrevistas, passeios e analises urbana. A
proposta arquitetônica é da criação de seis espaços públicos
ao longo do bairro com um edifício multiuso com diversos
programas. Consiste numa intervenção em rede, onde essas
seis áreas se complementam, mas que estão também no
alcance do usuário para que eles possam apropriar do
espaço público. Esses edifícios têm como programa o apoio
educacional, cultural, de lazer e social. Nesses espaços
públicos visa garantir espaços abertos, com qualidade
ambiental, que tenha mobiliários adequados para os usuários
e que também possam garantir a prática de esportes, de
oficinas e de lazer para as diferentes faixas etárias. A
intenção é que todos estes programas possa dar um apoio
social para os moradores de forma a incluir, apoiar e
qualificar o usuário.
A escala urbana consiste na adequação das ruas,
calçados, arborização, mobiliários urbanos existentes no
bairro e também na interligação dessas seis áreas de
intervenção. Gerando assim um espaço igualitário,
humanizado, que tenha caráter formal e estético, que sirva
de marco para a comunidade e que possa atender
principalmente aos usuários próximos. E que por meio
desses projetos arquitetônicos, potencializar uma
qualificação urbana do bairro. | |
