A partir de uma amputação de membro inferior, é necessário passar por reabilitação e adaptação à prótese, incluídas nas rotinas pós-operatória, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida. Há alterações significativas no cotidiano sendo a deambulação o mais afetado, um dos fatores que podem dificultar ainda mais é a fraqueza e ativação não satisfatória dos músculos inferiores, tanto do membro amputado quanto o sadio. Este trabalho teve por objetivo analisar a ativação muscular do quadríceps e isquiotibiais de amputados transtibial unilateral e correlacionar à qualidade de vida. Participaram dois indivíduos do sexo masculino amputados transtibiais unilaterais protetizados, que foram avaliados por meio da eletromiografia dos quadríceps e isquiotibiais em duas séries de vinte repetições com intervalo de cinco minutos entre as séries, unilaterais, em exercícios isotônicos concêntricos de extensão e de flexão do joelho. A comparação foi entre as frequências medianas das as séries de cada músculo e cada membro, entre os membros e a média das frequências medianas entre membros. Também foram avaliados por meio do questionário SF-36 para características individuais da qualidade de vida. Os amputados apresentaram pouco desequilíbrio na ativação muscular entre as séries e significativo entre os membros, podendo ser justificado por meio de adaptações para compensar a perda de suas funções motoras e a qualidade de vida dos indivíduos foi próxima da média, com predominância de aspectos ruins. A partir dos dados da amostragem, pode-se concluir que cada indivíduo apresentou comportamentos diferentes em relação às ativações musculares e uma ativação satisfatória dos quadríceps e isquiotibiais em ambos os membros, dentro de suas individualidades. Foi possível correlacionar a atividade muscular do quadríceps e isquiotibiais em amputados transtibiais unilaterais e qualidade de vida, sendo que o nível de satisfação da ativação muscular esteve mais relacionado aos aspectos físicos, principalmente dos músculos de sustentação postural. São necessários mais estudos na área para consolidar análises musculares de membros inferiores e qualidade de vida em amputados transtibiais após a protetização e consolidação das adaptações.