Artigo
Eficácia de oxitetraciclina no tratamento de Streptococus agalactiae em tilápia a diferentes temperaturas de criação
Efficacy of Oxytetracycline in the treatment of Streptococus agalactiae in tilapia at different breeding temperatures
Registro en:
MARIOTTO, I. F.; WOSIACKI, S. R.; FERRANTE, M. Eficácia de oxitetraciclina no tratamento de Streptococus agalactiae em tilápia a diferentes temperaturas de criação. PubVet, Londrina, v. 12, n. 10, 2018.
Autor
Mariotto, Iris Fatima
Wosiacki, Sheila Rezler
Ferrante, Marcos
Institución
Resumen
Streptococcosis is one of the main causes of morbidity and mortality in
Brazilian tilapia farming and oxytetracycline is one of the main antibiotics that have been
used for decades in its treatment. There are studies that determine the differences in the
pharmacokinetics of oxytetracycline in Nile Tilapia according to breeding temperatures.
However, there are no studies evaluating the impact of these changes in breeding
temperature on the clinical efficacy of oxytetracycline at usual doses. The objective of this
study was to evaluate the effect of changes in breeding temperature on mortality rates,
carrier animals and cure in Streptococcus agalactiae infections. The pharmacokinetic /
pharmacodynamic index (PK/PD) used for the determination of efficacy was the area below
the plasma concentration of oxytetracycline versus time (AUC)/minimum inhibitory concentration (MIC) curve. A Monte Carlo simulation of the AUC followed by the PK/PD
modeling was used to estimate the rates of cured, carrion and dead animals. Changes were
observed in the frequencies of dead individuals and estimated carriers related to variations
in breeding temperature. The estimated mortality rates were 58% and 12% and the rates of
asymptomatic carriers were 11% and 19%, respectively, according to the breeding
temperatures of 25° C and 30° C. The probability of obtaining bacteriology cure after
treatment increased for treatments performed at 30° C breeding temperature. It was
observed that small increments in the CIM determined large changes in the rates of cured,
carcass and dead animals. This demonstrates the need to incorporate in the therapeutic
protocol bacteriological isolation, MIC determination and optimization of therapeutic
doses in order to avoid therapeutic failures and consequently potentiate the development of
resistance. A estreptococoses é uma das principais causadoras de morbidade e mortalidade na tilapicultura do Brasil e a oxitetraciclina é um dos principais antibióticos utilizado por décadas no seu tratamento. Existem estudos que determinam as diferenças na farmacocinética de oxitetraciclina em Tilápia do Nilo segundo as temperaturas de criação. Porém, não existem estudos que avaliem o impacto dessas mudanças na temperatura de criação sobre a eficácia clínica da oxitetraciclina nas doses habituais. Este estudo foi realizado para avaliar o efeito de mudanças na temperatura de criação nas taxas de mortalidade de animais portadores e de cura nas infecções por Streptococcus Agalactiae. O índice farmacocinético/farmacodinâmico (PK/PD) utilizado para a determinação de eficácia foi a área sob a curva da concentração plasmática de oxitetraciclina em função do tempo (ASC)/concentração inibitória mínima (CIM). Para estimação das taxas de animais curados, carreadores e mortos foi realizada uma simulação de Monte Carlo da ASC seguidamente do modelamento PK/PD. Foram observadas mudanças nas frequências de indivíduos mortos e de portadores estimados relacionadas com as variações na temperatura de criação. As taxas de mortalidade estimadas foram de 58% e 12% e as taxas de portadores assintomáticos foram de 11% e 19% segundo as temperaturas de criação de 25° C e 30° C, respectivamente. A probabilidade de obter a cura bacteriológica após o tratamento aumentou para os tratamentos realizados com temperatura de criação de 30° C. Pequenos incrementos na CIM determinaram grandes mudanças nas taxas de animais curados, carreadores e mortos. Isso deixa em evidencia a necessidade de incorporar no protocolo terapêutico o isolamento bacteriológico, a determinação da CIM e otimização de dose terapêutica segundo a temperatura de criação a fim de evitar falhas terapêuticas e consequentemente potencializar o desenvolvimento de resistência.