O Papel do Banco de Alimentos na Política de Segurança Alimentar e Nutricional percepções dos profissionais da assistência social de LavrasMG
Autor
Bruno Martins Arruda Hermano
Institución
Resumen
Este estudo busca analisar a percepção dos coordenadores e técnicos dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) acerca do papel e da importância do Banco Municipal de Alimentos de Lavras (BMAL) no enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional do município. A partir da experiência dos profissionais da assistência social com o BMAL, o presente trabalho visa contribuir com a política de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) deste município. Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória, que utilizou a técnica desaturação de dados para definição da amostra, e foi realizada nas unidades dos CRAS. Os participantes corresponderam a 8 técnicos e 4 coordenadores dos CRAS responsáveis pelo trabalho de triagem das famílias em situação de vulnerabilidade social a serem beneficiadas por programas de concessão de cestas básicas e cestas verdes. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com os sujeitos deste estudo e, posteriormente, para o processo de organização e análise foram processados pelo software IRAMUTEQ, utilizado como ferramenta de apoio. Com base na análise dos dados foi possível identificar três eixos temáticos, sendo o primeiro relacionado ao conceito e à Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional o segundo, ao papel do BMAL e as estratégias de distribuição de cestas de alimentos e o terceiro, à forma de triagem das famílias em vulnerabilidade social. O BMAL consolidou-se como um instrumento de importância fundamental para a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) no município de Lavras. As dificuldades e os problemas apontados pelos participantes, com relação aos programas do BMAL, estão associados, principalmente, à falta de uma compreensão mais ampla, não somente dos técnicos e coordenadores dos CRAS, mas também dos gestores públicos municipais sobre a SAN. Isto porque não se percebe o empenho da gestão municipal em desenvolver esforços articulados intersetoriais no enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional.