CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS E MORFOGÊNICAS DE ACESSOS DE Arachis pintoi
Autor
Isabelle Alves Rodrigues Duarte
Institución
Resumen
O amendoim forrageiro (Arachis pintoi Krapov. W.C. Greg) representa-se como uma opção promissora devido ao seu alto potencial para produção de biomassa, valor nutritivo e persistência no dossel. A avaliação de novos acessos é importante para a identificação dos grupos que possuem habilidades distintas que serão interessantes para cada segmento do mercado. O presente estudo teve como objetivo avaliar as características estruturais, morfogênicas e produtivas de acessos de amendoim forrageiro, além de apresentar quais acessos conseguem atender as demandas atuais. A área experimental era composta por 26 acessos, além da cultivar Belomonte, que foram plantados em canteiros individuais de 2,00 x 1,80 m. O período experimental foi de setembro de 2019 a junho de 2020, sendo feitas avaliações nas estações primavera, verão e outono. Foram avaliadas as características altura do dossel, massa de forragem, taxa de acúmulo de forragem, densidade de estolão, número de flores, interceptação luminosa, número de folhas, área de folha, comprimentos de pecíolo, entrenó e caule, taxa de aparecimento de folhas, taxas de alongamento de folha, pecíolo e caule e taxas de senescência de pecíolo e folha. Estas características foram utilizadas como indicadores na análise de discriminação dos acessos de amendoim forrageiro, sendo estimada a distância euclidiana entre os grupos por meio da análise de cluster, com validação feita pelo teste F. Além disso, foi realizada a análise de componentes principais. Todos os procedimentos estatísticos foram realizados por meio do SAS (OnDemand for Academics). Foram formados 5 clusters onde foram inseridos os acessos que são semelhantes quanto as características mencionadas, sendo observado por meio do teste F que estes grupos foram significativamente diferentes entre si. Na formação dos componentes principais, foi verificado que a componente principal 1 explicou 52,9 das variações, sendo as variáveis de altura do dossel, comprimentos de entrenó, caule e pecíolo, área final da folha, taxa de aparecimento de folha, taxas de alongamento de folha, pecíolo e caule as características que mais atuaram na formação dessa componente. O componente principal 2 explicou 23,9, sendo as variáveis de massa e taxa de acúmulo de forragem, número de flores, interceptação luminosa, densidade de estolão e taxas de senescência de folha e pecíolo as características que mais atuaram na formação dessa componente. As variáveis mais marcantes para os clusters 1 e 2 foram altura do dossel, comprimento de pecíolo, área da folha, comprimento de pecíolo e taxas de alongamento de pecíolo e folha. Estas características foram inversamente proporcionais às variáveis de número de folhas, taxas de alongamento de caule e aparecimento de folha e comprimento de entrenó e caule, as quais foram marcantes para o cluster 5. Já as características produtivas tiveram grande influência no cluster 3 e foram inversamente proporcionais ao número de flores, que por sua vez foi a variável mais importante no cluster 4. Com as caracterizações peculiares dentro de cada cluster foi possível indicar os melhores acessos para produção de massa de forragem, produção de sementes, utilização na conservação do solo e no paisagismo.