This study applies the concepts of the New Institutional Economics and Economic Sociology to explain the rise of the Fair Trade Market (FTM), specifically that connected to the family-farming of coffee for fair trade marketing chains. The aim was to assess the extent to which FTM can actually empower small-scale family farmers of coffee and their organizations. Specifically, this work studies the experience of a cooperative in southern Minas Gerais state, that is certified by the FTM and operates in the international market. The results from the survey point out that only the cognitive aspects showed significant differences, thus providing evidence of the notion of reality in which the farmer lives, that is, as an individual. The results from the focus group work reinforced the role of the FTM in the local organizational environment, in the light of networking by the actors involved. The conclusion reached is that the FTM tends to move toward maturity, a process that was consolidated with the incorporation of certification based on formal rules such as quality guarantees and traceability. This paper points to the need for further investigation, incorporating more profound study of the economic-financial conditions of the participants as well as on consumers, at the final link of the chain.Neste trabalho utiliza-se o conceito de empoderamento para explicar a influência do Mercado Fair Trade (MFT) numa organização certificada de produção de café da agricultura familiar. O objetivo foi avaliar até que ponto o MFT tem a capacidade de empoderar cafeicultores familiares e suas organizações. Especificamente, estuda a experiência de uma cooperativa do Sul de Minas Gerais, certificada e atuante no mercado internacional. Para alcançar o objetivo proposto, o trabalho está baseado em pesquisa de campo, dividida entre um survey junto aos cafeicultores da organização estudada e produtores vizinhos não filiados nas mesmas condições e um grupo focal, composto por atores do ambiente organizacional da cooperativa. Os resultados do survey apontaram que apenas os aspectos cognitivos apresentaram diferenças significativas, evidenciando a noção da realidade em que o cafeicultor vive, ou seja, de forma individual. Os resultados do trabalho em torno do grupo focal reforçam o papel do MFT no ambiente organizacional local, à luz de uma atuação em rede dos atores envolvidos. Conclui-se que o MFT tende a amadurecer, processo que já teve seu início com a incorporação da certificação baseada em regras consolidadas como garantia de qualidade e rastreabilidade. O trabalho aponta para a necessidade de continuidade da investigação, incorporando estudos mais aprofundados da condição econômico-financeira dos participantes e uma investigação junto aos consumidores na ponta final da cadeia.