Nota Técnica
Uso de estudos econômicos no Sistema Único de Saúde : percepção e atitudes de tomadores de decisão
Nota Técnica n. 33 (Disoc) : Uso de estudos econômicos no Sistema Único de Saúde : percepção e atitudes de tomadores de decisão
Autor
Vieira, Fabiola Sulpino
Sá, Edvaldo Batista de
Luiz, Viviane Rocha de
Pereira, Blenda Leite Saturnino
Resumen
Este trabalho tem por objetivos descrever e analisar a percepção e as atitudes de tomadores de decisão do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre o uso atual e potencial de estudos econômicos na tomada de decisão sobre intervenções em saúde. Realizou-se pesquisa exploratória, observacional e transversal, utilizando-se de questionário estruturado para a coleta de dados. A amostragem foi por conveniência, totalizando 111 sujeitos da pesquisa (secretários de saúde dos estados, do Distrito Federal, dos municípios com população igual ou superior a 500 mil habitantes, incluindo as capitais, e dirigentes das secretarias e departamentos do Ministério da Saúde). A taxa de resposta total da pesquisa foi de 46,8% (n = 52); 90,4% (n = 47) dos respondentes disseram utilizar estudos econômicos. Esses estudos são utilizados para subsidiar especialmente a tomada de decisão sobre a alocação de recursos, o custeio de serviços de saúde e a incorporação de tecnologias. As principais formas de acesso são a produção por equipe interna da organização, a busca em bases de dados de literatura científica e as ferramentas da internet. Foram identificadas como principais barreiras ao uso desses estudos a falta de capacitação da equipe interna, a baixa tempestividade na elaboração e sua irrelevância para o SUS. Os principais facilitadores para a ampliação do uso dos estudos econômicos foram a relevância para o SUS, o compartilhamento dos trabalhos, a capacitação de gestores e equipes, bem como a tempestividade em sua elaboração. Por fim, conclui-se que os tomadores de decisão reconhecem a importância desses estudos no processo decisório de intervenções em saúde, reportam o uso, mas identificam barreiras para sua utilização. A ampliação da oferta de capacitação, de compartilhamento dos estudos produzidos e de sua elaboração sob a perspectiva do sistema público são temas para a formulação de políticas que visem ampliar sua influência na tomada de decisão. A institucionalização do uso do conhecimento e das ferramentas de economia da saúde no SUS dependem de decisão política e de visão de médio e longo prazos, além de investimentos em pessoas e sistemas de informação, para que as iniciativas tenham continuidade em diferentes governos. 20 p. : il.
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