Texto para Discussão (TD)
Avaliação empírica da projeção da taxa de poupança agregada das famílias brasileiras com dados da pesquisa de orçamentos familiares : decomposição de Neuman-Oaxaca no modelo de Heckman
Texto para Discussão (TD) 2269 : Avaliação empírica da projeção da taxa de poupança agregada das famílias brasileiras com dados da pesquisa de orçamentos familiares : decomposição de Neuman-Oaxaca no modelo de Heckman
Autor
Silveira, Marcos Antonio Coutinho da
Moreira, Ajax Reynaldo Bello
Resumen
A Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (POF/IBGE) é a única fonte de dados microeconômicos sobre a poupança das famílias brasileiras. Como esta pesquisa tem sido realizada em intervalos de pelo menos cinco anos, é importante discutir e avaliar empiricamente se modelos estimados com dados defasados da pesquisa mais recente são capazes de produzir projeções confiáveis da taxa de poupança agregada corrente e futura das famílias brasileiras a partir de observações correntes de variáveis preditivas disponibilizadas por pesquisas de frequência anual. Modelos de projeção alternativos são estimados com variáveis preditivas sugeridas pela literatura sobre consumo e poupança. Um deles baseia-se no procedimento usado pelo IBGE para projetar a taxa de poupança agregada. Outro faz uso da estrutura não linear do modelo de Heckman para levar em conta o fato de que uma quantidade proporcionalmente elevada de famílias tem poupança nula. Como o trabalho está focado na taxa de poupança agregada, um aspecto metodológico importante é que os modelos precisam ser estimados ponderando as características de cada família por sua participação amostral na renda agregada. As
decomposições de Blinder-Oaxaca e de Neuman-Oaxaca revelam que a diferença entre as taxas de poupança agregada estimadas com as versões da POF de 2002-2003 e de 2008-2009 foi explicada em maior extensão por mudanças nos coeficientes estimados dos modelos de projeção, restando um papel secundário para o efeito das mudanças nas médias amostrais das características preditivas. Este resultado compromete o uso de modelos estimados com dados da POF na projeção da taxa de poupança agregada das famílias brasileiras, uma vez que somente o segundo efeito é observado em anos sem disponibilidade de POF. 30 p.
Materias
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