Monografia Especialização Digital
Efeitos da idade na qualidade de vida de idosos
Autor
Alano, Valéria da Rosa
Institución
Resumen
Orientador: Rodrigo Bozza Monografia (Especialização) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Curso de Especialização em Fisiologia do Exercício. Resumo: Introdução: com o processo de envelhecimento diversas alterações ocorrem no organismo do idoso. Entretanto, existem diversas maneiras para retardar os declínios que acometem a população idosa proporcionando melhor qualidade de vida dentre os quais a pratica de atividade física e uma alimentação equilibrada. Objetivo: este estudo teve como objetivo verificar a influência da idade na qualidade de vida de idosos. Materiais e Métodos: a amostra foi composta por 106 idosos de ambos os gêneros com idades entre 60 e 97 anos, residentes na cidade de Bom Jesus - RS. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: questionário com questões sócio demográficas; aplicação do questionário SF36 relacionado à qualidade de vida, balança, estadiometro e fita métrica. A escolha dos entrevistados foi de modo aleatório através de entrevista individual. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva através de médias e desvio padrão. As diferenças entre os grupos etários foram verificadas mediante análise de variância ANOVA oneway com post-hoc de Tukey. A relação entre o IMC e RCQ com as variáveis de qualidade de vida foi realizada através de correlações de Pearson. Em todas as análises o valor alfa estipulado foi de p<0,05. Os dados foram tratados com o software estatístico SPSS 13.0 for Windows. Resultados: constatou-se que a maioria dos idosos do sexo masculino prevaleceu na faixa etária entre 60 a 69 anos (37,04%) e a minoria entre 90 e 99 anos (3,07%), já para as mulheres a porcentagem mais alta foi entre 70 e 79 anos (46,15%) e a mais baixa na faixa etária acima de 90 anos com 7,69%. De acordo com os dados sociodemograficos: 49,06% são casados, 84,91% de religião católica; 40,57% possuem o 1o grau incompleto; 33,02% ocupam a profissão do lar; 63,21% possuem renda mensal inferior ou igual a 1 salário mínimo; e a maioria possui residência própria. De acordo com o estado geral de saúde: 45,28% classificaram como boa, dentre os pesquisados 45,28% praticam caminhada 1 vez por semana, dentre outras atividades também praticam alongamento, ginástica, dança e 29,25% não praticam nenhum tipo de exercício físico. Com relação à composição corporal 26,92% das mulheres apresentam-se com sobrepeso e 44,23% são obesas e 38,89% sobrepeso para o sexo masculino, sendo 16,67% obesos. Entre os domínios do SF 36 e componentes da composição corporal para o sexo masculino não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas, já para as mulheres houve diferença para o domínio CF (F= 3,513; p=0,038) e AS (F=6,094; p=0,004). De acordo com os valores da CF pode se concluir que o G3 foi menor que o G1 e G2 não havendo diferença entre G1 e G2. A correlação de variáveis antropométricas com indicadores de qualidade de vida para o sexo masculino mostrou que com o avançar da idade ocorre um aumento no peso corporal e conseqüentemente aumenta os índices das medidas de relação cintura quadril e o índice de massa corporal acima dos níveis considerados normais. Com o aumento da longevidade aumenta os níveis da capacidade funcional, havendo diminuição na presença de dor e saúde mental. Para o sexo feminino quanto maior os níveis da classificação do peso corporal, ou seja, valores acima dos considerados normais, os indivíduos tendem a participar mais de ambientes sociais. Também para as mulheres, as que apresentam níveis elevados de circunferência de cintura também tendem a participar mais de atividades sociais. Conclusão: não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos etários para a qualidade de vida, pois os indivíduos pesquisados aderem a prática de atividade física e orientações nutricionais. Se ocorresse o contrário, ou seja, os idosos fossem sedentários poderia haver diferenças mais acentuadas.