Monografia Graduação Digital
Caracterização cariotípica em roedors do Parque Estadual Acaraí, São Francisco do Sul, Santa Catarina
Autor
Soares, Amanda de Araújo
Institución
Resumen
Orientador: Iris Hass Coorientador: Ives José Sbalqueiro Monografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Curso de Graduação em Ciências Biológicas Resumo : A Mata Atlântica, considerada um dos hotspots de biodiversidade do Mundo, tem somente 7% de sua formação original. Portanto, sua conservação é de grande importância para a manutenção da biodiversidade brasileira. A variabilidade cariotípica característica da ordem Rodentia, permite a identificação específica e estudos filogenéticos, interessantes para agregar conhecimentos à lista de mastofauna do sul do Brasil, sendo uma ferramenta eficaz e barata que pode ser amplamente utilizada em projetos de conservação e manejo de fauna. Este trabalho tem como objetivo analisar a variabilidade cariotipica em roedores do Parque Estadual Acaraí, através de técnicas de citogenética clássica - coloração comum em Giemsa, bandeamentos CTG, GTG e Ag-NOR. A amostra do presente trabalho, com 18 exemplares analisados citogeneticamente, revelou uma significativa presença de Akodon montensis (83,33%) e, na sequência, Oligoryzomys nigripes (11,11%) e Euryoryzomys russatus (5,55%). Akodon montensis, mostrou uma variação tanto no número de cromossomos (2n = 24 a 26) como no número de braços de autossomos (NFA = 42 a 46), devido a ocorrência de um ou dois cromossomos Bs. Nas demais espécies não foram observadas alterações no complemento genômico. Na fêmea de E. russatus o número de cromossomos foi igual a 80, com o NFA= 86, e nos dois machos de O. Nigripes, 2n=62 e NFA= 82. No bandeamento Ag-NOR, em A. montensis, foram analisadas em média 10 células de cada indivíduo, sendo observadas marcações em vários dos autossomos, em especial nos pares 2 e 10 devido ao reconhecimento fácil dos mesmos. Em dois dos exemplares com 2n=25 foram observadas marcações no cromossomo B: dupla (nas regiões teloméricas dos braços p e q) e simples (região telomérica do braço q). Na fêmea de E. russatus foram observadas em média 6 marcações Ag-NOR por célula, e em O. nigripes, face a problemas técnicos, não se obteve um padrão confiável.