Monografia Graduação Digital
Análise de polimorfismos do gene HLA-E em pacientes submetidos a transplante renal
Autor
Miranda, Bruna Laís Maurício de
Institución
Resumen
Orientador: Valéria Maria Munhoz Sperandio Roxo Coorientadora: Georgia Fernanda Gelmini Monografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Curso de Graduação em Ciências Biológicas Resumo : No Brasil, as principais doenças causadoras de insuficiência renal nas regiões Sudeste e Sul do país são glomerulonefrites, pielonefrites, hipertensão e doenças cardiovasculares, além de diabetes e doenças císticas renais. As doenças renais estão entre as doenças que mais resultam em morte e em incapacidade em diversos países. As técnicas envolvidas no contexto do transplante renal vêm se desenvolvendo ao longo dos anos, ao ponto de atualmente se caracterizarem como procedimentos relativamente comuns, de forma que as taxas de falhas técnicas são muito baixas e a principal barreira para o sucesso do procedimento é a prevenção da rejeição e manutenção do enxerto. Para o sucesso do transplante renal é altamente preconizado que sejam evitadas incompatibilidades HLA, a fim de aprimorar a sobrevivência do enxerto e reduzir a incidência de rejeição aguda e sensibilização às especificidades incompatíveis. O antígeno leucocitário humano HLA-E se expressa em todos os tecidos, em pequenas concentrações, diferentemente de antígenos de classe I clássicos, como HLA-A, HLA-B e HLA-C, e está preferencialmente envolvido na regulação da imunidade inata através da interação com o receptor CD94-NKG2, expressado em abundância, porém sem exclusividade, em células NK que reconhecem HLA-E. No presente estudo, 24 pacientes transplantados renais, 48 pacientes com doença renal crônica e 50 controles saudáveis foram analisados quanto à variabilidade genética do éxon 3 do gene HLA-E por sequenciamento. As frequências alélicas e genotípicas foram comparadas entre os três diferentes grupos através da utilização de teste G global ou Qui-Quadrado. As comparações das frequências alélicas entre os três grupos e as comparações dois a dois não revelaram diferenças significativas. Nas comparações das frequências genotípicas, foram observadas diferenças significativas na comparação entre os três grupos (P= 0,0147) e nas comparações entre transplantados renais versus renais crônicos e transplantados renais versus controles saudáveis (P= 0,0085 e P= 0,0032, respectivamente). Futuros estudos são necessários para a ampliação e complementação dos resultados obtidos pelo presente estudo, tendo em vista o pequeno número amostral utilizado assim como para ratificar os resultados de estudos correlatos já publicados.