TCC Especialização Digital
Análise morfológica da arcada dentária após enxertia óssea alveolar secundária : status da dentição e avaliação de resultados a longo prazo
Autor
Roça, Guilherme Berto
Institución
Resumen
Orientador: Renato da Silva Freitas Monografia (especialização) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Curso de Especialização em Cirurgia Plástica e Reparadora Inclui referências Resumo: Introdução: A fissura lábio palatina é a deformidade congênita mais comum da face. Dentre as etapas do seu tratamento, há a reconstrução alvéolo-maxilar, necessária para a estabilização da maxila, suporte ósseo à erupção dentária e fechamento da fístula oronasal. Os métodos habituais de tratamento para essa etapa são a periosteoplastia e o enxerto ósseo autólogo de crista ilíaca, esse último aceito como o mais efetivo. Objetivo: Avaliar a mobilização dos dentes dos pacientes fissurados após a enxertia óssea alveolar secundária propriamente dita. Método: Foram avaliados cinqüenta e oito pacientes com fissura lábio palatina com comprometimento ósseo da maxila, submetidos à enxertia óssea alveolar secundária propriamente dita pelo mesmo cirurgião. Todos pacientes com acervo radiográfico e tomográfico completo pré e pós enxerto ósseo alveolar. Resultados: Dos cinqüenta e oito pacientes 38 eram do sexo masculino. A idade média do paciente ao receber o enxerto ósseo alveolar foi de 9,7 anos. O seguimento médio dos pacientes foi de 5,5 anos. A grande maioria dos pacientes, 74,1%, apresentava algum grau de colapso da maxila, sendo que em algum momento do tratamento foram submetidos a expansão da maxila. Dos 41 pacientes sem incisivo lateral, 32 apresentavam pré-canino na idade da enxertia. Na evolução do tratamento deste grupo, em 15 não foi feita nenhuma mobilização. Em sete pacientes utilizou-se o pré-canino para mimetizar o incisivo lateral. Dez pacientes tiveram seus pré-caninos extraídos. No grupo dos 15 pacientes com canino já erupcionado, obteve-se 100% de estabilização e manutenção dos mesmos. Dos 41 pacientes com gérmen do canino, obteve-se taxa de erupção através do enxerto ósseo de 85,7%. Todos pacientes apresentaram índices satisfatórios, acima de 67%, de integração do enxerto ósseo alveolar. Conclusão: A enxertia óssea alveolar secundária propriamente dita foi muito efetiva no tratamento do paciente portador de fissura óssea alveolar, proporcionando suporte às estruturas relacionadas. A longo prazo demonstrou bons resultados estéticos e funcionais.