Dissertação
Geometria e história, cinemática do segmento setentrional da Faixa Paraguai, na região de Cáceres/ MT
Registro en:
Autor
ALENCAR, Luiz Daniel Castro de
Institución
Resumen
The Paraguay Belt, at the southern edge of the Amazonian Craton, represents a set of
supracrustal Proterozoic sedimentary subjected to positive tectonic inversion with excellent
exposures in the vicinity of the Cáceres region, Mato Grosso, where these rocks are deformed
show the context surrounding zones and folds failures. In the study area were identified rocks
of the Araras Group: thin limestones and shales (Training Guide) dolomitic breccias (Serra do
Quilombo Formation) and sandy dolomites, fine sandstones (Noble Training) Group and the
Upper Paraguay River: sandstones and mudstones (Training Raizama ) and conglomerates,
sandstones and mudstones (Diamond Formation). These rocks of the regional point of view
presented in a set of holomorphic folds at various scales, axes subparallel to show the
architecture of this broad curve orogen in map view. In mesoscopic structure that stands out is
the sedimentary layering (S0) that show since subhorizontal (5 ° to 8 °) to subvertical (84 ° to
88 °), with dominant dip towards the NE and NW quadrants. Minor folds, metrics, occur
occasionally, with axis trims with low to moderate NW to NE, verging from SE to NW. The
mineral stretching lineations, when present, have low trims (20 °) to NE. The shortcoming are
reversed and oblique directional, with high dips to SW and NW quadrants, which are
contained grooves with trims low (14 °) to moderate (36 °) for the SW quadrant, associated
with dextral kinematic component in general. The fractures are almost always present with
subvertical NW-SE direction. Tension gash type fractures were observed in thin limestone
Training Guide. These fractures are common in the regions flanking folds, with asymmetries
indicating dextral shear. Hydraulic breccia are observed in the carbonate rocks and apparently
concentrated near areas of hinges of folds. Based on the relation between plane-lineation of
bedding, the geometry of folds and brittle elements of plot, it is suggested that these rocks
were affected by a system of oblique compression, coupled with a directional component
dextral taking the block and climbed over the W where the coaxial component shows become
predominant. The partition of the deformation is evidenced by the ratio folds and mineral
stretching lineation, where there are corridors that have distinct deformational shear
components (pure and simple) and alternating field between a component and another. This
compartmentalization of the components of pure shear and simple geometric arrangement
associated with the observed structures are the main inducer of a table partitioned
transpression, dextral kinematics, developed on supracrustal rocks, subjected to an oblique
compression. This complexity of structural organization within the range reflects the
geometry resulting in an arc or assumed during the Neoproterozoic collisional event. CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico A Faixa Paraguai, na borda sul do Cráton Amazônico, representa um conjunto de
rochas supracrustais sedimentares proterozóicas submetidas à inversão tectônica positiva com
excelentes exposições nas adjacências da região de Cáceres/MT, onde estas rochas mostramse deformadas no contexto que envolve dobras e zonas de falhas. Na área investigada foram
identificadas rochas pertencentes ao Grupo Araras: calcários finos e folhelhos (Formação
Guia); brechas dolomíticas (Formação Serra do Quilombo) e dolomitos arenosos, arenitos
finos (Formação Nobres) e ao Grupo Alto Paraguai: arenitos e pelitos (Formação Raizama) e
conglomerados, arenitos e pelitos (Formação Diamantino). Essas rochas do ponto de vista
regional se apresentam em um conjunto de dobras holomórficas, em várias escalas, cujos
eixos mostram-se subparalelos à arquitetura curva desse extenso orógeno, em vista de mapa.
Em escala mesoscópica a estrutura que se destaca é o acamamento sedimentar (S0) que se
mostra desde subhorizontal (5° a 8°), até subverticais (84° a 88°), com sentido de mergulho
dominante para os quadrantes NE e NW. Dobras menores, métricas, ocorrem pontualmente,
com eixos com caimentos baixos a moderados para NW e NE, com vergência de SE para
NW. As lineações de estiramento mineral, quando presentes, têm caimentos baixos (20°) para
NE. As falhas observadas são inversas oblíquas e direcionais, com mergulhos alto para os
quadrantes SW e NW, onde estão contidas estrias com caimentos baixos (14°) a moderados
(36°) para o quadrante SW, associada com componente cinemático dextral, em geral. As
fraturas apresentam-se quase sempre subverticais com direções NW-SE. Fraturas tipo tension
gash foram observados em calcários finos da Formação Guia. Essas fraturas são comuns nas
regiões de flanco de dobras, com assimetrias indicativas de cisalhamento simples dextral.
Brechas hidráulicas são observadas nas rochas carbonáticas e aparentemente se concentram
nas proximidades de zonas de charneiras de dobras. Com base na relação entre plano de
acamamento-lineação, geometria das dobras e elementos de trama rúptil, sugere-se que estas
rochas foram afetadas por regimes de compressão oblíqua, associada a uma componente
direcional dextral tendo o bloco E subido em relação ao W, onde a componente coaxial
mostra-se predominante. A partição da deformação é evidenciada pela relação dobras e
lineação de estiramento mineral, em que há corredores deformacionais distintos que
apresentam componentes de cisalhamento (puro e simples) com alternância de domínio entre
um componente e outro. Essa compartimentalização entre as componentes de cisalhamento
puro e simples associada à disposição geométrica das estruturas observadas são o principal
indicativo de um quadro transpressivo particionado, com cinemática dextral, desenvolvida sobre rochas supracrustais, submetidas a uma compressão oblíqua. Essa complexidade de
organização estrutural no interior da faixa reflete a geometria em arco decorrente ou assumida
durante o evento colisional neoproterozóico.