Tese
Toxicidade in vitro e in vivo do ortobenzamol, análogo do paracetamol
Toxicity in vitro and in vivo of ortobenzamol, analog paracetamol
Registro en:
QUEIROZ, Luana Melo Diogo de. Toxicidade in vitro e in vivo do ortobenzamol, análogo do paracetamol. 2014. 100 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2014. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.
Autor
QUEIROZ, Luana Melo Diogo de
Institución
Resumen
Paracetamol (PAR) is the non-prescription medicine most used worldwide. However, high doses of PAR produce hepatic and/or renal toxicity. In order to minimize the toxicity of PAR and get better analgesic and anti-inflammatory activity, a previous study conducted by modifying the chemical structure of PAR through molecular modeling, gave rise to ortobenzamol (OBZ) – analog of PAR. Thus, the OBZ was synthesized and evaluated in models of nociception and inflammation in animals. The study showed central analgesic activity of OBZ, with superior potency when compared to PAR. In addition, tests showed a significant inhibition in the inflammatory process. However, to the OBZ be able to be considered as an important new therapeutic option for the treatment of pain and/or inflammation is necessary to determine its toxicity. Given that, this study aimed to evaluate the toxicity in vitro and in vivo OBZ and compare it with the PAR. For this purpose, in vitro neurotoxicity was evaluated in primary cultures of cortical neurons through cell viability assays, determination of the levels of total and reduced glutathione, as well as the possible neuroprotective capacity against oxidative stress. In vivo studies were performed in mice, initiated by determining the median effective dose (ED50) of PAR in order to compare it with the OBZ at toxicity models studied. It was determined the liver and brain oxidative stress by analyzing the levels of lipid peroxidation and nitrites. The possible hepatic and renal dysfunction was determined by analyzing plasma enzymes aspartate aminotransferase (AST), alanine aminotransferase (ALT), gamma glutamyl transferase (GGT) levels and creatinine in the blood. We evaluated changes in clinical parameters through the CBC, WBC and platelet parameters and was held to determine the acute toxicity. The results of this study showed that in the tested doses, ortobenzamol is safer than paracetamol. The ortobenzamol displayed absence of neurotoxicity, less hepatotoxic and hematotoxic potential, absence of nephrotoxicity and also was rated as a xenobiotic with low toxicity after evaluation of acute toxicity. Therefore, the ortobenzamol can be considered as a safer alternative to the treatment of pain and inflammation when compared to paracetamol. CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior O paracetamol (PAR) é um dos medicamentos de venda livre mais utilizado em todo o mundo. Entretanto, doses elevadas do PAR produzem toxicidade hepática e/ou renal. No intuito de minimizar a toxicidade do PAR e obter melhor atividade analgésica e anti-inflamatória, um estudo prévio realizou modificações na estrutura química do PAR por modelagem molecular, dando origem ao ortobenzamol (OBZ) – análogo do PAR. Assim, o OBZ foi sintetizado e avaliado em modelos de nocicepção e inflamação em animais. O estudo demonstrou atividade analgésica central do OBZ, com potência superior ao PAR. Além disso, nos testes de inflamação, essa droga apresentou inibição significativa no processo inflamatório. Entretanto, para que o OBZ possa ser considerado uma alternativa terapêutica nova e importante para o tratamento da dor e/ou da inflamação é necessário determinar sua toxicidade. Assim, este estudo objetivou avaliar a toxicidade in vitro e in vivo do OBZ e, compará-la com a do PAR. Para isso, a neurotoxicidade foi avaliada in vitro em culturas primárias de neurônios corticais, através de ensaios de viabilidade celular, determinação dos níveis de glutationa total e reduzida, assim como a possível capacidade neuroprotetora frente ao estresse oxidativo. Foram realizados estudos in vivo em camundongos, iniciados pela determinação da dose efetiva mediana (DE50) do PAR, a fim de compará-la com a do OBZ nos modelos de toxicidade estudados. Determinou-se o estresse oxidativo hepático e cerebral pela análise dos níveis de peroxidação lipídica e nitritos. A possível disfunção hepática e renal foi determinada, por meio da análise dos níveis plasmáticos das enzimas aspartato aminotransferase (AST), de alanina aminotransferase (ALT), gama glutamiltransferase (GGT) e, da creatinina no sangue. Avaliaram-se alterações nos parâmetros clínicos através do hemograma, leucograma e plaquetograma e, realizou-se a determinação da toxicidade aguda. Os resultados obtidos neste estudo demonstraram que o ortobenzamol é mais seguro que o paracetamol. Registrou-se ao ortobenzamol ausência de neurotoxicidade, menor potencial hepatotóxico e hematotóxico, ausência de nefrotoxicidade e, ainda, foi classificado como um xenobiótico de baixa toxicidade após a avaliação da toxicidade aguda. Portanto, o ortobenzamol pode ser considerado como uma futura alternativa terapêutica segura ao paracetamol, no tratamento da dor e inflamação.