Tese
Poéticas paridas: a dança como política de aparecimento
Registro en:
Autor
CASTELO, Caroline de Cássia Sousa
Institución
Resumen
This memorial thesis, divided into a poetic-series, aimed to understand dance as a policy of
appearance from the processes of dialectical creation (thesis, antithesis and synthesis):
Cinderela (2018), Nas Brenhas (2020) and Subterrânea ( 2021). The first two deliveries were
poetic births from the life stories of the Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará, a
pioneer association in the human rights militancy of prostitutes in Brazil, which has been
active since 1990. The creation of the works : Cinderela, Nas Brenhas and Subterrânea reveal
narratives about Love, motherhood, violence, militancy, work, about orgasms and
displeasures within the prostitute. Through the metodological paths and veins. I assume
myself as a creator- intabitant (FERREIRA, 2012) in walkability (SPECK, 2013), immersing
myself as a creator of life/dance with the street, finding on street corners and crossoroads
authors such a Judith Butler (2018), André Lepecki (2012), Di Monteiro (2016), Bia Medeiros
e Natasha de Albuquerque (2016), Thereza Rocha e Márcia Tiburi (2012), Juliana Moraes
(2013), among so many others Who helped me to think of the street and dance as a policy of
apperance of a disappearing people. To immerse yourself is also to immerse yourself in the
uterus, in the intimate, in th secrets of the lives os those Who live there, of processes thar are
created in the anxiety of what is lived, moved to “make it appear” Esta tese-memorial, dividida em uma série poética, teve como objetivo compreender a dança
como uma política de aparecimento a partir dos processos de criação dialético (tese, antítese e
síntese): Cinderela (2018), Nas Brenhas (2020) e Subterrânea (2021). Os dois primeiros
partos foram poéticas paridas das histórias de vida do Grupo de Mulheres Prostitutas do
Estado do Pará, uma associação precursora na militância dos direitos humanos das prostitutas
no Brasil, que atua desde 1990. Revela narrativas sobre amor, maternidade, violência,
militância, trabalho, sobre orgasmos e desprazeres dentro do meretrício. Subterrânea (2021),
por sua vez, é uma narrativa pessoal atravessada pelo meu desencontro com a maternidade,
onde discuto a potência de uma dança abortada, descamada e petrificada. Os processos de
criação transam com as perspectivas metodológicas de Ferreira (2012) e Speck (2016),
assumo-me uma habitante-criadora (FERREIRA, 2012) em caminhabilidade (SPECK, 2016),
embrenhando-me pelas ruas do bairro da Campina, conhecendo e me reconhecendo enquanto
criadora de vida/dança com a rua, encontrando nas esquinas e encruzilhadas autores como
Judith Butler (2018), André Lepecki (2011), Di Monteiro (2018), Bia Medeiros e Natasha de
Albuquerque (2016), Thereza Rocha e Márcia Tiburi (2012), Juliana Moraes (2013), entre
tanto outros que me ajudaram a pensar a dança com a rua e como política de aparecimento.
Embrenhar-se também é entranhar-se pelos úteros, pelo íntimo, pelos segredos da vida de
quem ali habita, de processos que se criam na ânsia do vivido, movidos em “fazê-lo
aparecer”