Dissertação
Hermenêutica filosófica: um novo paradigma para a universalidade dos direitos humanos
Registro en:
LEITE, Ismael Lima. Hermenêutica filosófica: um novo paradigma para a universalidade dos direitos humanos. 2008. 203 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Jurídicas, Belém, 2008. Programa de Pós-Graduação em Direito.
Autor
LEITE, Ismael Lima
Institución
Resumen
The present work has its focus in the need to formulate a new pattern of
universality towards Human Rights, in the sense of trying to build a truly global ethos,
without any hegemonic or coactive presumptions, regularly used as a means to conform
this kind of normalization, which rests under an abstract rationalism that isolates the
individual from the world, or even canons of modern science’s methodology, poorly
brought into humanities. To analyze Kant´s Solipsism and its formal aspects of
deontological universality, which deny valorative dignity to tradition and create a
cognitive individual divinity, as well as the epistemic intents of positivist’s
reductionism logic on behalf of the occident’s and capitalism’s hegemony, as means of
ideologic domination, making the mercantilist interests seen legitimate. These are
challenges to be overcome by the ontologic and philosophical hermeneutics, which calls
upon humankind onto its sense of finity, casting it into the world in order to, once in the
world, remember the necessary friendship and solidarity, the only praxis capable of
building an ethical sense for all humankind: live as if you were me. O presente trabalho tem por escopo a necessidade de se formular um novo
padrão de universalidade para os Direitos Humanos, no intuito de se tentar construir um
ethos verdadeiramente mundial, destituído de pretensões hegemônicas e coativas,
tradicionalmente conformadoras desse tipo de normatização, a qual se assenta sob um
racionalismo abstrato que retira o indivíduo do mundo, ou mesmo cânones
metodológicos da ciência moderna, indevidamente transladados para o estudo das
humanidades. Analisar o solipsismo Kantiano e seus aspectos formais de universalidade
deontológica, que negam dignidade valorativa à tradição e criam a divindade do sujeito
cognoscente, assim como os intentos epistêmicos da lógica reducionista positivista a
serviço da hegemonia do capitalismo e do ocidente, enquanto instrumento de
dominação ideológica, legitimador de interesses mercantilistas, são desafios a serem
superados pela hermenêutica ontológica e filosófica, a qual chama a humanidade ao seu
sentido de finitude, atirando-lhe perante o mundo para, nele, lembrar da necessária
solidariedade e amizade, única práxis capaz de construir um sentido ético para toda a
humanidade: viver o tu como se fosse eu.
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