Artigo de Periódico
O efeito da salinidade no desenvolvimento larval do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) (Decapoda: Ocypodidae) no Norte do Brasil
The effect of salinity on the larval development of the uçá-crab, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) (Decapoda: Ocypodidae) in Northern Brazil
Registro en:
1809-4392
Autor
SIMITH, Darlan de Jesus de Brito
DIELE, Karen
Institución
Resumen
The present work studied the effect of salinity on the survival and duration of larval development of the mangrove crab, Ucides cordatus (from the Caeté River estuary, North of Brazil) until the megalopal phase in seven salinity treatments (0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30). Salinity significantly affected the survival of the zoea larvae, however it did not affect the duration of the larval development (20.77 ± 1.56 days). In salinity 0, 5 and 10 all zoea larvae died. Only from off salinity 15, complete development until the megalopal phase occurred. The survival rate was highest in salinity 30 (72%) and lowest in 15 (16%). The reduced survival rate of the U. cordatus zoea larvae, in low salinities, indicates the necessity of larval dispersion from the estuary to coastal waters, where salinity conditions for larval development are more favorable. Otherwise, if there was no dispersion, the reduced salinity of estuarine waters in the rainy season would cause a high mortality thereby affecting the recruitment, maintenance and growth of the U. cordatus population in the mangroves. O presente trabalho estudou o efeito da salinidade na sobrevivência e na duração do desenvolvimento larval do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (do estuário do Rio Caeté, Norte do Brasil), até a fase de megalopa em sete tratamentos de salinidade (0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30). A salinidade afetou significativamente a sobrevivência das larvas zoea, no entanto não afetou a duração do desenvolvimento larval (20,77 ± 1,56 dias). Nas salinidades 0, 5 e 10 houve total mortalidade das larvas zoea. Somente a partir da salinidade 15 observou-se um desenvolvimento completo até a fase de megalopa. A taxa de sobrevivência foi maior em salinidade 30 (72%) e menor em 15 (16%). A reduzida taxa de sobrevivência das larvas zoea de U. cordatus, em salinidades baixas, indica a necessidade de dispersão larval do estuário para as águas costeiras onde as condições de salinidade para o desenvolvimento larval são mais favoráveis. Caso contrário se não houvesse a dispersão, a reduzida salinidade das águas estuarinas no período chuvoso, causaria uma elevada mortalidade, afetando desta forma o recrutamento, a manutenção e o crescimento da população de U. cordatus nos manguezais. SIMITH, D. J. B. Universidade Federal do Pará