Artigo de Periódico
Discursos heteronormativos e produção de sujeitos generificados no currículo escolar
Registro en:
1982-5374
10.18542/rmi.v11i17.5436
Autor
OLIVEIRA, Danilo Araújo de
Institución
Resumen
This article is a part from a
master's research and aims to analyze the
functioning of heteronormativity in the
curriculum of a basic education school. The
methodological approach was qualitative,
based on a post-critical positioning. We
conducted open interviews with seven
teachers (five women and two men) and
analyzed the data considering discourse as a
theoretical category. The results of the
research report that normalizing discourses
function as educational demands, giving
gender intelligibility to bodies, marking and
regulating also those who perform, who
distance themselves and break with gender
norms. It was also observed that essentialist
notions about gender and sexuality are
triggered, learned and taught through the
crossing of biological and religious
discourses in the narratives, defining and
fixing two possible and opposing gender
identities: male-male / female-female. The
discourses that go through the narratives
reinforce the (re) production of compulsory
heterosexualization in the curriculum
investigated, with few experiences of
subversions. Este artigo é um recorte de uma
pesquisa de mestrado e tem por finalidade
analisar o funcionamento da
heteronormatividade no currículo de uma
escola de educação básica. A abordagem
metodológica foi qualitativa, a partir de um
posicionamento pós-crítico. Realizamos
entrevistas abertas com sete docentes (cinco
mulheres e dois homens) e a análise dos
dados considerando discurso como
categoria teórica. Os resultados da pesquisa
informam que discursos normalizadores
funcionam como demandas educativas,
conferindo inteligibilidade de gênero aos
corpos, marcando e regulando também
aqueles/as que apresentam performance as
quais se distanciam e rompem com as
normas de gênero. Também foi observado
que noções essencialistas sobre gênero e
sexualidade são acionadas, aprendidas e
ensinadas, mediante o atravessamento de
discursos biológico e religioso nas
narrativas, definindo e fixando duas
identidades de gênero possíveis e opostas:
masculina-homem/feminina-mulher. Os
discursos que atravessam as narrativas
reforçam a (re)produção da
heterossexualização compulsória no
currículo investigado, com poucas
experiências de subversões.