Artigo de Periódico
Intercompreensão na escrita de línguas-culturas indígenas: o caso da família Jê
Registro en:
2318-1346
10.18542/nra.v8i1.8622
Autor
QUARESMA, Francinete de Jesus Pantoja
GAYA, Karina Figueiredo
FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira
Institución
Resumen
Bordering on the extinction, Indigenous languages, survivors of the nineteenth century, search for
alternatives for their preservation, not only in the description of languages, but also in indigenous
school education, through effective teaching-learning methodologies that assist indigenous teacher
practice in the classroom. The intercomprehension between related languages is a methodology of
language teaching, applied in Europe expounding satisfactory results when developing students’
strategies of linguistic transferences and autonomy of learning from the reading of written texts in
languages belonging to the same linguistic family, allowing the speaker of one language to establish
interaction, in their mother tongue, with speakers of other languages. Among the indigenous people of
Parkatêjê, Mẽbẽngôkre and Tapajuna ethnic groups, intercomprehension appears as a possibility for
the development of the linguistic repertoire of indigenous speakers. To do so, it is necessary to
instrumentalize the indigenous teacher in this methodology, so that he can adopt it in his native
language classes. This, therefore, is the purpose of this study. The theoretical basis for this work is based on the Description of Indigenous Languages and Applied Linguistics, especially in the studies
of European researchers. Thus, we discuss this issue from the perspective of Rodrigues (1993, 1999,
2003), Seki (2000), Cuq (2003), Escudé and Janin (2010), QECR (2001; 2007) and Hugues (2016).
The methodology applied for the accomplishment this study has its ground based upon bibliographical
research. As comunidades falantes de línguas indígenas, sobreviventes no século XIX, buscam alternativas para
a preservação dessas línguas não somente por meio da descrição delas, mas também na educação
escolar indígena, com o uso de metodologias de ensino-aprendizagem eficientes que auxiliem a prática
do professor indígena na sala de aula. A intercompreensão entre línguas aparentadas é uma
metodologia de ensino de língua, aplicada na Europa, cujos resultados satisfatórios levam o aluno
estratégias de transferências linguísticas e de autonomia de aprendizado a partir da leitura de textos
escritos em línguas pertencentes a uma mesma família, possibilitando ao falante interagir em sua
língua materna com falantes de outras línguas. Em meio aos povos indígenas das etnias Parkatêjê,
Mẽbẽngôkre e Tapajuna, a intercompreensão pode surgir como uma possibilidade de desenvolvimento
do repertório linguageiro de falantes indígenas. Para tanto, faz-se necessário instrumentalizar o
professor indígena nessa metodologia, a fim de que ele possa adotá-la em suas aulas de língua
indígena. Esse, portanto, é o propósito deste estudo. A teórica que fundamenta este trabalho é pautada
na Descrição de Línguas Indígenas e na Linguística Aplicada, sobretudo nos estudos de pesquisadores
europeus. Assim, discutimos o assunto a partir de Rodrigues (1993; 1999; 2003), Seki (2000), Cuq
(2003), Escudé e Janin (2010), QECR (2001; 2007) e Hugues (2016). A metodologia aplicada para a
realização do mesmo foi a pesquisa de cunho bibliográfica. GAYA, K. F.; FERREIRA, M. N. O. Universidade Federal do Pará