Dissertação
Tradução e criação literária em “Gran sertón: veredas”: análise de processos neológicos da versão espanhola
Registro en:
CARVALHO, Leomir Silva de. Tradução e criação literária em “Gran sertón: veredas”: análise de processos neológicos da versão espanhola. 2013. 134 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2013. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Autor
CARVALHO, Leomir Silva de
Institución
Resumen
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior “Tradução e criação literária em Gran sertón: veredas: análise de processos neológicos da versão espanhola” é uma pesquisa que tem como objetivo analisar os neologismos presentes em retratos femininos de Gran sertón: veredas (1967) sob o enfoque transcriativo. Compreende-se neologismo em seu caráter literário como ponto de criação da palavra capaz de estimular o leitor a perceber novos significados e, especificamente em Guimarães Rosa, como um dos aspectos que tornam sua linguagem singular. O enfoque transcriativo baseia-se em Haroldo de Campos (1929-2003) e contribui para uma concepção crítica da prática tradutória, que reivindica autonomia para a obra de chegada e que entende o tradutor como o responsável por reconstituir os sentidos da obra de partida. A metodologia do trabalho compreende as seguintes etapas: estudo bibliográfico, no qual se problematiza a conceito de transcriação e suas implicações na prática tradutória. Em seguida, iniciando pela obra de partida, sob a perspectiva estético-receptiva, investigam-se os críticos Cavalcanti Proença, Nei Castro e Nilce Martins quanto a suas apreciações acerca das inovações presentes na linguagem de Guimarães Rosa, sobretudo no que diz respeito aos procedimentos neológicos adotados pelo autor mineiro e suas motivações ao modificar a palavra. Posteriormente, são examinadas as leituras críticas da tradução espanhola, observando o olhar do próprio tradutor, Ángel Crespo, sobre seu labor criativo e o dos críticos Pilar Bedate, Mario Vargas Llosa e Antonio Maura, sobre o grau de elaboração da obra de partida adotado pelo tradutor. Então, analisa-se a transcriação em Gran sertón: veredas, detendo-se sobre os neologismos compreendidos como potenciais instrumentos de criação nas mãos do tradutor espanhol. “Tradução e criação literária em Gran sertón: veredas: análise de processos neológicos” es una investigación que tiene como objetivo analizar los neologismos presentes en retratos femeninos de Gran sertón: veredas (1967) bajo el enfoque transcreativo. Se comprende neologismo en su carácter literario como punto de creación de la palabra capaz de estimular el lector a percibir nuevos significados y, específicamente en Guimarães Rosa, como un de los aspectos que hacen su lenguaje singular. El enfoque transcreativo se basa en Haroldo de Campos (1929-2003) y contribuye para una concepción crítica de la práctica traductora que reivindica autonomía para la obra de llegada y que entiende el traductor como responsable por reconstruir los sentidos de la obra de partida. La metodología de trabajo comprende las siguientes etapas: estudio bibliográfico en el cual se problematiza el concepto de transcreación y sus implicaciones en la práctica traductora. En seguida, iniciando por la obra de partida en la perspectiva estético-receptiva se investigan los críticos Cavalcante Proença, Nei Castro y Nilce Martins cuanto a sus apreciaciones acerca de las innovaciones presentes en el lenguaje de Guimarães Rosa, sobre todo en relación a los procedimientos neológicos adoptados por el autor minero y sus motivaciones al cambiar la palabra. Posteriomente, se examinan las lecturas críticas de la traducción española, observando la mirada del propio traductor, Ángel Crespo, sobre su labor creativo y de los críticos Pilar Bedate, Mario Vargas Llosa e Antonio Maura, sobre el grado de elaboración de la obra de partida adoptado por el traductor. Entonces, se analiza la transcreación en Gran sertón: veredas, deteniéndose sobre los neologismos comprendidos como potenciales instrumentos de creación en las manos del traductor español.