Dissertação
Da epistemologia moderna à epistemologia complexa de Edgar Morin: repercussões sobre o humanismo
Registro en:
Autor
MONTEIRO NETO, Benedito da Conceição
Institución
Resumen
Our objective, in the present work, is dedicated to demonstrating the main epistemological
elements of the complexity elaborated by Edgar Morin in general contrast with the principles
of the modern method of Descartes. We start from the following guiding questions: how does
the passage from modern ordered knowledge to complex organized knowledge occur and how
does this knowledge culminate in a conception of humanism? The hypothesis we defend is
that Morin's principles of complexity are exposed as a critical dialogue about the limitations
of the modern method, pointing out how the last one has an ambivalent impact on science and
society under the name of degenerate humanism and a regenerated humanism.
Methodologically, we discuss, firstly, the conception of science and method in modernity,
starting with the arguments that precede and formulate the organization of a quantitative
method of knowledge, having as a central axis the contributions of Descartes in his main
works (1952). The second part of the text turns to the conception of science and method
according to the contributions of the epistemology of complexity, proposed by Edgar Morin
(1996, 2011, 2015, 2016), where we present the main intelligibilities of his theory: the
dialogic principle, the recursive principle, the hologrammatic principle. In the third and last
part of the text, we compare complex thinking and modernity based on the concept of
humanism. Initially, we expose the reading of modernity by complexity, highlighting the
category of rationalization. Then, we explain how the modern method has repercussions in
contemporary times with the advent of the action ecology. Finally, we present a reconstruction
of an alternative method and knowledge, capable of dealing with uncertainties, culminating in
the proposal of a regeneration of humanism. CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Nosso objetivo, no presente trabalho, dedica-se a demonstrar os principais elementos
epistemológicos da complexidade elaborado por Edgar Morin em contraste geral com os
princípios do método moderno de Descartes. Partimos das seguintes questões norteadoras:
como ocorre a passagem do conhecimento ordenado moderno para o conhecimento
organizado complexo e de que maneira esses conhecimentos culminam em uma concepção de
humanismo? A hipótese que defendemos é que os princípios da complexidade de Morin são
expostos como um diálogo crítico sobre as limitações do método moderno, apontando de que
modo este último repercute de forma ambivalente na ciência e na sociedade a título de um
humanismo degenerado e de um humanismo regenerado. Metodologicamente, dissertamos,
em primeiro lugar, sobre a concepção da ciência e do método na modernidade, iniciando pelos
argumentos que precedem e formulam a organização de um método quantitativo do
conhecimento, tendo como eixo central as contribuições de Descartes em suas principais
obras (1952). A segunda parte do texto volta-se para a concepção de ciência e método
segundo as contribuições da epistemologia da complexidade, proposta por Edgar Morin
(1996, 2011, 2015, 2016), onde apresentamos as principais inteligibilidades da sua teoria: o
princípio dialógico, o princípio recursivo, o princípio hologramático. Na terceira e última
parte do texto, fazemos o cotejo entre o pensamento complexo e a modernidade tomando por
base o conceito do humanismo. Inicialmente, expomos a leitura da modernidade pela
complexidade, destacando a categoria de racionalização. Em seguida, explanamos o modo
como método moderno repercute na contemporaneidade com o advento da ecologia da ação.
Por último, apresentamos uma reconstrução de um método e de um conhecimento alternativo, capaz de lidar com as incertezas culminando com a proposta de uma regeneração o
humanismo. UFPA - Universidade Federal do Pará