Female incarceration is among urgent human rights agendas in Brazil. Several segments of social movements have been linked to the struggle for detention, including the creation of fronts by states. The criminal sciences cannot escape the requirement to analyze and make theory based on the centrality of race and gender relations in understanding mass incarceration and body control strategies in contemporary capitalist societies. Understanding this phenomenon in its entirety is a necessary effort in the fight against the historically structured racist penal system in the country. This paper seeks to verify how the academic works that mobilize the category “race” in the field of female incarceration relate the current configuration of black women’s incarceration to the processes of enslavement in Brazil. The work has a feminist methodological basis and uses bibliographic and documentary research. The works available in the CAPES Journal Portal are analyzed. It appears that the works do not link slavery to the current incarceration of black women in Brazil, nor do they deepen the analysis of the structural dimension of racism in the historical constitution of the penal system.O encarceramento feminino está dentre pautas urgentes de direitos humanos, no Brasil. Diversos segmentos dos movimentos sociais têm se atrelado à luta pelo desencarceramento, inclusive com a criação de frentes pelos Estados. As ciências criminais não podem se furtar da exigência de se analisar e se fazer teoria com base na centralidade das relações raciais e de gênero na compreensão do encarceramento em massa e das estratégias de controle de corpos nas sociedades capitalistas contemporâneas. Compreender este fenômeno em sua totalidade é esforço necessário na luta contra o sistema penal racista estruturado historicamente no país. Este trabalho busca verificar de que forma os trabalhos acadêmicos que mobilizam a categoria “raça”, no campo do encarceramento feminino, relacionam a configuração atual do encarceramento de mulheres negras aos processos de escravização no Brasil. O trabalho tem base metodológica histórica e dialética e utiliza pesquisa bibliográfica e documental. São analisados os trabalhos disponíveis no Portal de Periódicos da CAPES. Verifica-se que os trabalhos não fazem a ligação entre a escravização e o atual encarceramento de mulheres negras no Brasil, bem como não aprofundam a análise da dimensão estrutural do racismo na constituição histórica do sistema penal.UFPA - Universidade Federal do Pará