Dissertação
Estudo de caso sobre os impactos socioeconômicos de reassentamento involuntário sobre as famílias atingidas pelo Programa de Saneamento da Bacia da Estrada-Nova (PROMABEN I), Belém-PA
Registro en:
Autor
TAVARES, Angelo Cezar Pinho
Institución
Resumen
This research sought to analyze the socioeconomic impacts of involuntary resettlement on affected families by the Estrada Nova Basin Sanitation Program (PROMABEN I). With this focus, a single case study was undertaken, using mixed methods (qualitative and quantitative), to ascertain the socioeconomic impacts of resettlement on families resettled in the Antônio Vinagre Housing Complex. The study confirmed that the
economic recovery of these families remains questionable eight (8) years after resettlement. In this light, being involuntarily resettled at a distance of 5.5 km away from the area of origin, families continue to incur increased spending on basic services and goods including water, transport and electricity, which were absent or minimal
before being resettled. Employment opportunities have dwindled particularly for women and food items have become inaccessible in supermarkets in resettlement zone. Although there are visible improvements in housing and sanitation among resettled families, social conflicts continue to plague them as they adjust to vertical housing and to share utility bills. Therefore, resettled families face the social risk of impoverishment
almost one decade after being resettled, as is reflected by living below the national and regional (North Region) poverty line as of 2017. This situation is aggravated by aging, long distance resettled from area of origin and distortions to income earning activities among resettled families. CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Esta pesquisa procurou analisar os impactos socioeconômicos do reassentamento involuntário sobre famílias afetadas pelo Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (PROMABEN I). Com esse enfoque, foi realizado um estudo de caso único, utilizando métodos mistos (qualitativos e quantitativos), para apurar os impactos socioeconômicos do reassentamento das famílias reassentadas no Conjunto Habitacional Antônio Vinagre. O estudo confirmou que a recuperação econômica dessas famílias permanece questionável 8 (oito) anos após o reassentamento. Nesse sentido, sendo reassentadas involuntariamente a uma distância de 5,5 km da área de origem, as famílias continuam a incorrer em gastos crescentes em serviços e bens básicos, incluindo água, transporte e energia, os quais eram ausentes ou mínimos antes de serem reassentados. As oportunidades de emprego diminuíram particularmente para as mulheres e os itens alimentares tornaram-se inacessíveis nos supermercados na zona de reassentamento. Embora existam melhorias visíveis na habitação e no saneamento entre as famílias reassentadas, os conflitos sociais continuam a atormentá-los à medida que se ajustam à habitação verticalizada e compartilham as contas de serviços públicos. Portanto, as famílias reassentadas enfrentam o risco social de empobrecimento quase uma década após serem reassentadas, como é refletido por viver abaixo da linha de pobreza nacional e regional (região Norte). Essa situação é agravada pelo envelhecimento e a longa distância do reassentamento em relação à área de origem e distorções nas atividades geradoras de renda entre as famílias reassentadas.