Dissertação
A influência do fomento florestal nos aspectos ambientais e socioeconômicos em estabelecimentos rurais na Amazônia
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Autor
FERREIRA, Amanda Estefânia de Melo
Institución
Resumen
Amazonia possesses some of the highest levels of biodiversity the planet, and has a population of 25.469.352 million inhabitants. It is threatened by agricultural expansion edge effects and logging, increasing its sensitivity to the forest fires. Investments in perennial agriculture, tree plantations, and fire sensitive products could diminish the use of fire and the risk of wildfires. In recent year, large companies have incentivized smallholders to plant trees on their land, in a practice known as fomento florestal. This could have both negative and positive effects for the establishments that get involved, influencing the quality of life of the families, changing income, and promoting the permanence of the producer’s agriculture, and incorporating technical assistance and the transfer of technology. The objective of this study was to evaluate the influence of fomento florestal based on eucalyptus (Eucalyptus Urograndis), assessing the environmental and socioeconomics parameters in agricultural establishments in Amazonia. The implantation of perennial and fire-sensitive trees did not alter the use of the fire, and it even increased the fire use in the areas around the participating smallholdings. Another important aspect was the advance of forestry in the areas of secondary vegetation, culture and pastures, which in turn may have stimulated agricultural expansion in areas of forests. In socioeconomics terms, half of the interviewed particpants had presented per capita income less than half of the minimum wage. Fomento florestal offers low remuneration of manual labour and could even jeopardize future food security and agricultural income. However, it also appears to improve the social interactions in the between agriculturalists and increases capitalization by nine compared to not fomented. Overall, this study contributes to the debate about the politics of development in agricultural landscapes in Amazonia A Amazônia, caracterizada por possuir maior biodiversidade do planeta, possui uma população de 25.469.352 milhões de habitantes, vem sendo ameaçada pela expansão da fronteira agrícola e degradada pela exploração madeireira, aumentando sua sensibilidade à ocorrência de incêndios florestais. Investimentos em sistemas permanentes de produção agrícola e florestal e em produtos sensíveis ao fogo poderia frear o avanço das fronteiras e diminuir o risco de fogo. Implantação de projetos florestais baseados na silvicultura, apesar de recente, vem expandindo sua fronteira e avançando sob a região Amazônica, oferecendo impactos (negativos ou positivos) para os estabelecimentos que os adotam, podendo influenciar na qualidade de vida das famílias, aumentando a renda, incluindo pequenos e médios produtores na cadeia produtiva da madeira, além de promover a permanência do produtor no meio rural e incorporar assistência técnica e transferência de tecnologia. Desta forma o trabalho objetivou avaliar a influência do fomento florestal, por meio do incentivo empresarial no cultivo de eucalipto (Eucalyptus urograndis), nos parâmetros ambientais e socioeconômicos em estabelecimentos rurais na Amazônia. A implantação de cultivos perenes e sensíveis ao fogo não surtiu efeito algum sob a adoção de práticas alternativas ao uso do fogo, além de aumentaram o índice de incêndios dentro dos estabelecimentos e uso de fogo para preparo de área. Outro aspecto importante foi o avanço de silvicultura nas áreas de vegetação secundária, cultivos e pastagens, impulsionando a expansão agrícola para as áreas de florestas. Em termos socioeconômicos, no geral, metade dos entrevistados apresentaram renda per capita abaixo de 1/2 salário mínimo. Os projetos de fomento florestal oferecem baixa remuneração de mão-de-obra familiar e são inviáveis financeiramente quanto maior for a necessidade de mão-de-obra contratada, além de no futuro colocar em risco a segurança alimentar e renda agrícola. Por outro lado, melhora as práticas agrícolas e interações sociais no meio rural e proporciona uma capitalização nove vezes maior em comparação aos não fomentados. Neste sentido, este estudo apresenta relevância em contribuir com o debate de políticas de desenvolvimento voltadas para o meio rural na Amazônia e possibilita uma melhor discussão no âmbito de políticas empresarias.