Tese
Topografia de células ganglionares alfa na retina de roedores da Amazônia
Registro en:
Autor
SAMPAIO, Gabriela Santos Alvarez
Institución
Resumen
Introduction: The visual system of Amazonian rodents of the suborder Hystrichomorpha has been widely described, but little is known about the topography of alpha ganglion cells, which play a role in processing the vision of moving stimuli. Agouti (Dasyprocta aguti), paca (Cuniculus paca) and capybara (Hydrochoerus hydrochaeris) rodents are three different species of Hystrichomorpha that have a different circadian cycle and lifestyle. Objectives: To quantify alpha ganglion cell density and analyze cell body size according to eccentricity in the retina of agouti, paca and capybara. Methods: Three agouti, paca and capybara retinas from the pre-existing retinal collection at the Eduardo Oswaldo Cruz Laboratory of Neurophysiology at UFPA were used. Retinal collection were stained by the Nissl corpuscle staining method and direct counting was performed under a Zeiss optical microscope. The density of alpha-like ganglion cells was analyzed in different retinal eccentricities, such as in the visual range, area centralis, dorsal and ventral regions. Result: Analyzing the entire retina, the mean density of alpha-like ganglion cells in the agouti was 94.7±5.05 cells/μm2, in the paca it was 28.7±2.03 cells/μm2 and in the capybara it was 28.7±2.03 cells/μm2. of 101.03±24.42 cells/μm2. The presence of areas with high density of alpha ganglion cells was observed in the temporal region of the retina of the three rodents, and the agouti was the species that showed the most accentuated specialization of this type of ganglion cells. The cell body area of alpha ganglion cells that showed the highest frequency in the agouti retina was 200 μm², in the paca retina it was 300 to 600 μm² and in the capybara it was 300 to 500 μm². Conclusion: It is concluded that there is a relationship between ecology and density of alpha ganglion cells in the retina of large Brazilian rodents, so that those with diurnal habits have retinas with a greater number of these cells and with greater specialization in the temporal region. CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Introdução: O sistema visual de roedores da Amazônia da subordem Hystrichomorpha foi largamente descrito, mas pouco se sabe a respeito da topografia de células ganglionares alfa, as quais apresentam função no processamento da visão de estímulos em movimento. Os roedores cutia (Dasyprocta aguti), paca (Cuniculus paca) e capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) são três diferentes espécies de Hystrichomorpha que apresentam ciclo circadiano e estilo de vida diferente. Objetivos: Quantificar a densidade das células ganglionares alfa e analisar o tamanho do corpo celular de acordo com a excentricidade na retina de cutia, paca e capivara. Métodos: Foram utilizadas três retinas de cutia, de paca e de capivara provenientes da coleção histológica de retinas do Laboratório de Neurofisiologia Eduardo Oswaldo Cruz da UFPA. Para a obtenção das retinas, os animais foram anestesiados e sacrificados conforme as normas vigentes na época da coleta. As lâminas da coleção foram coradas pelo método de Nissl e foi realizada a contagem direta ao microscópio óptico Zeiss. Analisou-se a densidade de células ganglionares do tipo alfa-like em diferentes excentricidades da retina, como na faixa visual, area centralis, regiões dorsal e ventral. Resultado: Analisando a totalidade da retina, a densidade média das células ganglionares alfa-like da cutia foi de 94,7±5,05 células/μm2 , da paca foi de 28,7±2,03 células/μm2 e da capivara foi de 101,03±24,42 células/μm2. Foi observada a presença de áreas com alta densidade de células ganglionares alfa na região temporal da retina dos três roedores, sendo que a cutia foi a espécie que apresentou a especialização mais acentuada desse tipo de células ganglionares. A área do corpo celular das células ganglionares alfa que apresentou maior frequência na retina da cutia foi o de 200 μm², na retina da paca foi de 300 a 600 μm² e na capivara foi de 300 a 500 μm². Conclusão: Conclui-se que há uma relação entre a ecologia das espécies e densidade de células ganglionares alfa da retina dos grandes roedores brasileiros, de forma que os que apresentam hábitos diurnos apresentam retinas com maior número dessas células e com maior especialização na região temporal.