Dissertação
Dragão de luz: uma poética sobre a experimentação de iluminação cênica do espetáculo santo anjo do senhor
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Autor
LISBOA, Marckson Davi de Moraes
Institución
Resumen
This research deals with spectacle’s light trials of Santo Anjo do Senhor, from Companhia Cênica de Cínicos of Belém of Pará. As an artist-illuminator-researcher, I seek to investigate the potential of non-theatrical equipment, devices and lighting materials, and the interaction of these scenic resources with the actor and the space within an experimental staging. The research develops by Gaston Bachelard's Phenomenology of Imagination to analyze the light of the spectacle as a phenomenon through the bias of daydream. For this, I summon Gilbert Durand’s imaginary conception, the Antonin Artaud’s scenic proposal, provocations of Eugenio Barba, propositions of Patrice Pavis and perceptions of scenic lighting of Roberto Gil Camargo, Cibele Forjaz, Francisco Turbiani e Iara Souza, further, explanations of Cecilia Salles and Sonia Rangel on creation processes to compose a methodology based on the Dragon myth, as poetic image. In the research, I visit both Chinese mythology and the imagery poetry of the tale Os dragões não conhecem o paraíso by Caio Fernando Abreu, to approach the development of scenic lighting over four-year seasons of the spectacle. Esta pesquisa trata das experimentações de luz do espetáculo Santo Anjo do Senhor, da Companhia Cênica de Cínicos, de Belém do Pará. Como artista-iluminador-pesquisador investigo a potencialidade de equipamentos, dispositivos e materiais de iluminação cênica não teatrais e a interação destes recursos cênicos com o ator e o espaço dentro de uma encenação experimental. A pesquisa desenvolve-se pela Fenomenologia da Imaginação de Gaston Bachelard para analisar a luz do espetáculo como fenômeno pelo viés do devaneio. Para isto, convoco a concepção de imaginário de Gilbert Durand, a proposta cênica de Antonin Artaud, as provocações de Eugenio Barba, as proposições de Patrice Pavis e as percepções sobre iluminação cênica de Roberto Gil Camargo, Cibele Forjaz, Francisco Turbiani e Iara Souza, além das explanações de Cecilia Salles e Sonia Rangel sobre processos de criação, para compor uma metodologia própria a partir do mito Dragão como imagem poética. Na pesquisa, visito tanto a mitologia chinesa quanto a poesia imagética do conto Os dragões não conhecem o paraíso, de Caio Fernando Abreu, para abordar o desenvolvimento da iluminação cênica no decorrer de quatro anos de temporadas do espetáculo.