Dissertação
Punição: uma replicação sistemática de skinner (1938)
Punishment: A systematic replication of Skinner (1938)
Registro en:
FIGUEIRA, Renata Almeida. Punição: uma replicação sistemática de skinner (1938). Orientador: Marcus Bentes de Carvalho Neto. 2015. 43 f. Dissertação (Mestrado em Teoria e Pesquisa do Comportamento) - Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: . Acesso em:.
Autor
FIGUEIRA, Renata Almeida
Institución
Resumen
Skinner (1938) produced a set of data that led him to conclude the effects of punishment
on the response probability would be only indirect. In the main experiment conducted at
the time, the initial suppressive effects of punishment (“bar slap”) disappeared after the
second session of extinction. This data is still used as a proof in favor of asymmetric
interpretations of punishment. The present study is a systematic replication of Skinner
(1938) with four manipulations: (a) use of electric shock as aversive stimulus; (b)
adoption of 10 sessions in the baseline; (c) the adoption of five extinction sessions; (d)
introduction of a yoked group with non-contingent shock. Two experiments were
conducted, A and B. In Experiment A, 20 rats were divided into two groups, punished
group (APUN) and control group (ACON). The rats were submitted to a training
session to the feeder and to lever-press shaping session followed by three sessions of FI-
4min., all lasting 60 min. Later, two sessions of extinction of 120 minutes were carried
out. To APUN, superimposed to extinction during the first 10 minutes of the first
extinction session, each lever-press produced an electric shock. In Experiment B, 30 rats
were divided also into three groups, punished (2PUN), control (2CON) and yoked
group (2ACO). The experiment started with a magazine and lever-press training
session, followed by ten sessions of FI-4min., all lasting 60 min. Later, the subjects
were subject to five sessions of extinction (60 minutes each). To 2PUN, superimposed
to extinction during the first 10 minutes of the first session of extinction, each leverpress produced an electric shock. For 2ACO shocks were delivered according to the
moment the paired subject from the punished group received it. During each session it
was recorded the number of lever pressing per minute contrasting the analysis of
Skinner (1938) with Boe and Church (1967) intergroup and intragroup. The results
showed that, for all the manipulations performed, there was no response recovery after
punishment was discontinued. This suggests it is possible to produce lasting punishment
effects provided that certain methodological steps are adopted. CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Skinner (1938) produziu um conjunto de dados que o levaram a concluir que os efeitos
da punição sobre a probabilidade de resposta seriam apenas indiretos. No principal
experimento realizado na ocasião, os efeitos supressivos iniciais da punição (tapas na
pata dos ratos) desapareciam após a segunda sessão de extinção. Esse dado é utilizado
até hoje como uma prova a favor da interpretação assimétrica da punição. O presente
estudo é uma replicação sistemática de Skinner (1938) com quatro manipulações: (a)
uso do choque elétrico como estímulo aversivo; (b) adoção de 10 sessões em linha de
base; (c) a adoção de 5 sessões de extinção; (d) introdução de um grupo acoplado com
choque não contingente. Foram realizados dois experimentos, A e B. No Experimento
A, 20 ratos foram divididos igualmente em dois grupos, grupo punido (1PUN) e grupo
controle (1CON). Foram submetidos a uma sessão de treino ao comedouro e
modelagem, três sessões de fortalecimento em FI-4min, todas com duração de 60 min.
Posteriormente, duas sessões de extinção de 120 minutos. Para 1PUN, sobreposta à
extinção e nos primeiros 10 minutos da primeira sessão de extinção, cada resposta de
pressão à barra produziu a liberação de um choque elétrico. No Experimento B, 30 ratos
foram divididos igualmente em três grupos: grupo punido (2PUN), grupo controle
(2CON) e grupo acoplado (2ACO). Foram submetidos a uma sessão de treino ao
comedouro e modelagem, três sessões de fortalecimento em FI-4min, todas com
duração de 60 min. Posteriormente os sujeitos passaram por cinco sessões de extinção
de 60 minutos. Para 2PUN, sobreposta à extinção e nos primeiros 10 minutos da
primeira sessão de extinção, cada resposta de pressão à barra produziu a liberação de
um choque elétrico. Para 2ACO os choques eram administrados de acordo com o
momento em que seus pares do grupo punição os recebiam. Durante todas as sessões foi
registrado o número de pressões a barra por minuto e, na análise, comparou-se o
tratamento de dados de Skinner (1938) com os de Boe e Church (1967) intergrupo e
intragupo. Os resultados mostraram que não houve recuperação do responder após
suspensão da contingência de punição com os controles adicionados, o que sugere que é
possível produzir efeitos duradouros em contextos de punição desde que alguns
cuidados metodológicos sejam adotados.