A pecuária bovina apresentou rápido e exponencial crescimento em diversas regiões da Amazônia Oriental brasileira nas últimas décadas, sendo marcada pelo aumento quantitativo dos rebanhos e de áreas de pastagens, notadamente em algum estágio de degradação. O objetivo desse trabalho foi caracterizar a condição socioeconômica de 61 famílias de pecuaristas de São Félix do Xingu, Sul do Pará, e, comparar as práticas de manejo das pastagens que são adotadas nas distintas categorias. Constatou-se grandes diferenças nas condições socioeconômicas e estruturais, havendo, no entanto, um padrão na forma de ocupar os espaços com o predomínio de pastagens cultivadas, e uma transversalidade nas práticas de manejo adotadas. Está havendo um processo de intensificação das práticas de manejo, pela reforma das pastagens e controle da taxa de lotação animal, independente da categoria socioeconômica. Diferentemente do que aconteceu nas décadas de 1980 e 1990, este estudo mostra uma tendência dos pecuaristas de se manterem na terra.