info:eu-repo/semantics/article
Meu destino é ser onça: contemporaneity and tupinambá mythology
Meu destino é ser onça: contemporaneidade e mitologia tupinambá
Registro en:
10.18542/moara.v2i56.10523
Autor
Ramos, Pablo Rossini Pinho
Holanda, Sílvio Augusto de Oliveira
Pereira, Ingred de Lourdes
Institución
Resumen
By valuing Brazilianness, the modernist project in Brazil aimed to rethink the contradictions of Brazilian history (JARDIM, 1978), as the “borrowed” cultural formation. Such a debate unfolds in contemporary literary productions, such as Meu destino é ser onça (2009), by Alberto Mussa. Under the premise of restoring the Tupinambá myth, the author problematizes the importance of the jaguar, a metaphor conceived as the maximum expression of human alterity, acting as a link between the modern and the primitive. This can be associated with the maintenance of the literary tradition and to the recovery of marginalized voices in contemporaneity (CURY, 2007; GARRAMUÑO, 2014) in order to claim the organization of indigenous societies through anticolonial speeches. In addition, to examine Mussa’s metafictional project, the theme of myth was selected (LÉVI-STRAUSS, 1978; 2008) for interpretation in the work. In both stages, the intention is to raise discussions that can be related to the current indigenous scenario, even if in a utopic way. O projeto modernista no Brasil, ao valorizar a brasilidade, objetivou repensar as contradições histórico-brasileiras (JARDIM, 1978), como a formação cultural “emprestada”. Tal debate desdobra-se em produções literárias contemporâneas, como Meu destino é ser onça (2009), de Alberto Mussa. Sob a premissa de restauração do mito tupinambá, o autor problematiza a importância da onça, metáfora concebida como expressão máxima da alteridade humana. A onça atua como elemento de ligação do moderno com o primitivo, vinculado à manutenção da tradição literária e à recuperação de vozes marginalizadas na contemporaneidade (CURY, 2007; GARRAMUÑO, 2014) para reivindicar a organização das sociedades ameríndias pelos discursos anticoloniais. Além do exame do projeto metaficcional de Mussa, selecionou-se a temática do mito (LÉVI-STRAUSS, 1978; 2008) para interpretação na obra. Em ambas as etapas pretende-se suscitar discussões relacionadas ao cenário indígena atual, ainda que utopicamente.