Resumo de eventos cient??ficos
Caracteriza????o da mineraliza????o epigen??tica de cobre na regi??o de Nova Prata do Igua??u, Estado do Paran??, por microscopia eletr??nica de varredura e tomografia de n??utrons
Registro en:
0000-0002-9283-6192
Autor
FILGUEIRA, D.A.
GARDA, G.M.
PUGLIESI, R.
PEREIRA, M.A.S.
SAYEG, I.J.
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 49.; SIMP??SIO DO CRET??CEO DO BRASIL, 9.; SIMP??SIO DE VULCANISMO E AMBIENTES ASSOCIADOS, 7.
Resumen
Dentre os fatores que contribuem para a mineraliza????o epigen??tica destacam-se a
porosidade e a permeabilidade da rocha hospedeira da mineraliza????o. Os fluidos
mineralizantes transportam elementos que, dependendo das condi????es f??sico-qu??micas do
meio, precipitam-se, podendo vir a formar dep??sitos minerais. Em Nova Prata do Igua??u
afloram n??veis de rocha bas??ltica mineralizados em cobre, que se apresenta na forma nativa,
como ??xidos (tenorita, cuprita), como carbonato (malaquita) e silicato (crisocola). A presen??a
de am??gdalas, ves??culas e geodos na rocha bas??ltica confere ?? mesma tanto a permeabilidade
necess??ria para a percola????o dos fluidos mineralizantes, como os espa??os (vazios) para a
precipita????o de minerais de min??rio e minerais secund??rios associados ou n??o aos fluidos
mineralizantes. Por espectroscopia de energia dispersiva de raios X acoplada ?? microscopia
eletr??nica de varredura (EDS/MEV) foram analisados minerais de min??rio e minerais
secund??rios (analcima, variedades de quartzo, feldspato), dando-se aten????o especial ??
crisocola, cuja varia????o de cores est?? relacionada ??s concentra????es de cobre, alum??nio e ferro
nesse mineral??ide. Assim, a crisocola laranja apresenta concentra????es de cobre entre 30 e
36% e de alum??nio + ferro de at?? 6%, ao passo que a crisocola azul apresenta concentra????es
de cobre entre 40 e 41,5% (e n??o cont??m alum??nio ou ferro). Quanto aos carbonatos e ??xidos
de cobre, as concentra????es de cobre nesses minerais variam entre 62-53% e 74-81%,
respectivamente. A t??cnica da tomografia com n??utrons foi utilizada para investigar a
distribui????o dos minerais de cobre em amostras de basalto vesicular, empregando-se o
equipamento do IPEN-CNEN/SP que est?? instalado no Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1.
Al??m de n??o destrutiva, a t??cnica possibilitou a visualiza????o das estruturas internas do basalto
(ves??culas preenchidas ou vazias) e a estimativa da propor????o em volume de vazios, de cobre
nativo e de crisocola. Foram tomografados tr??s amostras de min??rio e as porcentagens obtidas
para os vazios foram 26%, 29% e 31% e a de minerais de cobre 1,1%, 1,7% e 2,4%,
respectivamente. O m??todo tamb??m se mostrou eficiente no imageamento de cobre nativo.
Apesar de n??o discriminar os silicatos e carbonatos secund??rios que tamb??m preenchem as
ves??culas do basalto, estes puderam ser identificados por microscopia ??ptica, difra????o de raios
X e EDS/MEV nos laborat??rios do IGc-USP. Assim, o uso da tomografia de n??utrons,
associados a t??cnicas anal??ticas, como o EDS/MEV, em amostras provenientes de perfis de
altera????o hidrotermal/intemp??rico de sequ??ncias bas??lticas contribui para caracteriza????o n??o
s?? das estruturas da rocha, mas tamb??m dos n??veis mineralizados e n??o mineralizados e no
entendimento do processo mineralizante.