Disserta????o
Estudo da pir??lise lenta da casca da castanha de caju
A study of slow pyrolysis of cashew nut shell
Registro en:
10.11606/D.85.2015.tde-07102015-090727
Autor
MOREIRA, RENATA
Resumen
A casca da castanha de caju (CCC), um res??duo agr??cola da produ????o de castanha, proveniente da regi??o nordeste do Brasil foi caracterizada e submetida ao processo de pir??lise lenta. As propriedades do bio-carrv??o, do bio-??leo e dos gases produzidos foram investigados e potenciais aplica????es foram propostas. A CCC foi caracterizada pela seguintes t??cnicas: an??lise elementar CHNS, umidade total, conte??do de cinzas, mat??rias vol??teis, poder calor??fico superior e por an??lise termogravim??trica. A an??lise termogravim??trica sob fluxo de nitrog??nio mostrou que a decomposi????o ?? dominada pela degrada????o da hemicelulose e celulose na faixa de 250 a 350oC e pela decomposi????o da lignina na faixa de 400 a 500oC. Na presen??a de ar, o perfil de degrada????o ?? semelhante, por??m observa-se uma maior degrada????o da lignina. A pir??lise lenta da casca da castanha de caju foi realizada em um reator tipo batelada aquecido por chama ar-GLP sob diferentes fluxos (mL min-1) de nitrog??nio ou ar. O s??lido obtido (bio-carv??o), l??quido (fase aquosa + bio-??leo) e a fase g??s foram quantificados e caracterizados por diferentes t??cnicas. Os experimentos realizados sob fluxo de nitrog??nio apresentaram um rendimento de cerca de 30, 40 e 30% em massa paras as fases s??lido, l??quida e g??s, respectivamente. Sob fluxo de ar ocorreu uma diminui????o no rendimento da fase l??quida, principalmente na produ????o de bio-??leo, e um aumento da fase g??s. Os bio-carv??es produzidos apresentaram elevados teores de carbono, na faixa de 70-75% em massa, poder calor??fico na faixa de 25 a 28 MJ kg-1, caracter??sticas de carbono amorfo, sem morfologias definidas e aus??ncia de poros. Os espectros FTIR de bio-??leos produzidos sob fluxo de nitrog??nio apresentaram um aumento da intensidade relativa das bandas cerca de 1700 cm-1 (ν C=O) e 1230 cm-1 (ν C-O) em compara????o com os produzidos sob fluxo de ar, o que sugere a presen??a de grandes quantidades de compostos oxigenados de carbono, como alde??dos, cetonas e ??cidos carbox??licos. As an??lises das fases g??s mostraram a predomin??ncia de CO2 e CO a temperaturas inferiores a 400??C e a forma????o preferencial de H2 acima desta temperatura. Disserta????o (Mestrado em Tecnologia Nuclear) IPEN/D Instituto de Pesquisas Energeticas e Nucleares - IPEN-CNEN/SP