Artigo
Características estruturais e acúmulo de forragem em capim-tanzânia sob pastejo rotativo
Autor
Zanine, Anderson de Moura
Nascimento Júnior, Domicio do
Santos, Manoel Eduardo Rozalino
Pena, Karine da Silva
Silva, Sila Carneiro da
Sbrissia, André Fischer
Institución
Resumen
Esta pesquisa foi conduzida com o objetivo de avaliar as características estruturais e o acúmulo de forragem do capim-tanzânia (Panicum maximum cv. Tanzânia) sob pastejo rotativo e submetido às combinações de duas frequências de pastejo (tempo para o dossel atingir 90 ou 95% de interceptação da luz - IL) e duas alturas pós-pastejo (30 ou 50 cm). Adotou-se um arranjo fatorial 2 × 2 em delineamento de blocos completos casualizados com três repetições. As alturas pré-pastejo foram estáveis durante o período experimental (7/11/2005 a 12/10/2006) e corresponderam a 65 e 75 cm para metas de 90 e 95% de IL, respectivamente. Os pastos manejados com altura pós-pastejo de 50 cm e com 90% de IL apresentaram maior número de ciclos de pastejo em comparação àqueles submetidos à altura pós-pastejo de 30 cm e com 95% de IL. Padrão de resposta contrário ocorreu para o intervalo de pastejo. O acúmulo de lâmina foliar (LF) foi maior no verão, intermediário no final da primavera e menor no outono e no inverno e início da primavera. O acúmulo de FT e de LF foi maior nos pastos manejados com 30 cm de altura pós-pastejo em comparação àqueles com 50 cm. Por outro lado, os efeitos da condição pré-pastejo no acúmulo de FT dependeu do resíduo usado. Os níveis de IL (90 ou 95%) não influenciaram o acúmulo de lâminas foliares. As combinações de intensidades e frequências de pastejo resultaram em pouca variação na composição morfológica da forragem, exceto no outono, quando se observou maior percentual de material morto em pastos manejados com 50 cm de altura pós-pastejo em comparação àqueles sob 30 cm de resíduo. O pastejo rotativo do capim-tanzânia deve ser iniciado com 95% de IL pelo dossel e encerrado com 30 cm de altura pós-pastejo. Quando necessário, e para gerar flexibilidade no manejo do pastejo, o capim-tanzânia pode ser pastejado com 90% de IL pelo dossel. The aim of this study was to evaluate the structural characteristics and herbage accumulation of tanzania guineagrass (Panicum maximum cv. Tanzania) under rotational grazing and subjected to combinations of two grazing frequencies (time for the canopy to intercept 90 or 95% of the incident light) and two post-grazing heights (30 or 50 cm). Treatments were assigned to experimental units according to a 2 × 2 factorial arrangement in a completely randomized design, with three replications. Sward heights at pre-grazing were consistent during the experimental period and were of around 65 and 75 cm, for 90% and 95% of light interception (LI), respectively. Pastures managed with post-grazing height of 50 cm and 90% of LI had higher number of grazing cycles when compared with those submitted to post-grazing height of 30 cm and 95% of LI. Herbage mass production was higher in summer, intermediate in late spring and lowest in fall and winter and early spring. Herbage mass and lamina leaves production were higher in pastures managed with post-grazing height of 30 cm when compared with post-grazing height of 50 cm. Nevertheless, the effects of frequency on herbage mass production were associated with the post-grazing height used. The LI levels (90 or 95%) did not affect leaf lamina production. The combinations of frequency and severity of grazing resulted in little variation in the morphological composition of forage, except in the autumn, when there was a higher percentage of dead material in pastures managed with post-grazing height of 50 cm when compared with those with post-grazing height of 30 cm. The rotational grazing of tanzania guineagrass should be initiated when canopy intercepts 95% of incident light until a post-grazing height of 30 cm. When necessary and in order to generate flexibility in grazing management, the tanzania guineagrass can be grazed with 90% of light interception.