Artigo
Estimativa do tempo de morte para instalação das principais alterações post mortem em frangos de corte
Autor
Santos, Bernadete Miranda
Pena, Lindomar José
Ribeiro, Vítor Consentino
Nascimento, Wellen Moreira
Braga, Gabriel Silva
Coelho, Bruno de Assis
Institución
Resumen
Objetivou-se neste estudo avaliar o tempo médio, em horas, necessário para a instalação das principais alterações cadavéricas em frangos de corte. Utilizaram-se oito aves de linhagem para produção de carne, criadas em gaiolas de arame com um 1 m2 e alimentadas com ração convencional fornecida à vontade. Aos 47 dias de idade, as aves foram sacrificadas com intervalos de 10 minutos. A temperatura corporal e as alterações post mortem foram monitoradas a cada 30 minutos. Os resultados mostraram que as alterações cadavéricas de aparecimento mais precoces foram a rigidez e a coagulação sanguínea, ambas com tempo médio de duas horas e trinta minutos para serem detectadas. O algor mortis e a embebição pela bile foram detectados após manter quatro e quatro horas e meia, respectivamente. A hipostase cadavérica foi determinada seis horas e trinta minutos após a morte. As duas alterações cadavéricas de determinação mais tardia e indicativas de atuação enzimática foram a embebição pela hemoglobina e o timpanismo post mortem, observadas sete horas após o sacrifício. Com os resultados obtidos, concluiu-se que a colheita de órgãos ou seus fragmentos, destinados aos exames laboratoriais, devem ser efetuados imediatamente após a morte da ave, antes do início das alterações mais precoces The aim of this study was to evaluate the average time, in hours, necessary for the onset of the main post mortem alterations in chickens. We examined eight animals of a meat production lineage, raised in 1 m 2 cages and supplemented with standard feed. The animals were sacrificed when they were 47 days old, at 10 minute intervals. Body temperature and post mortem alterations were monitored for up to 12 hours, at 30 minute intervals. The results indicate that the earliest post mortem alterations include rigor mortis and blood clotting, both taking place at 2,5 hours after death. Algor mortis and bile soaking were detected after 4 hours and 4,5 hours, respectively. Livor mortis was determined 6,5 hours atfter death. The most delayed post mortem changes, indicative of enzymatic action, were hemoglobin soaking and post mortem tympanism, both observed at 7 hours after death. Together, these results demonstrate that post mortem organ harvest for laboratory examinations must take place immediately after death, before the onset of these early post mortem alterations.