Artigo
Avaliação das condições de segurança do trabalho na colheita e transporte florestal em propriedades rurais fomentadas no estado do Espírito Santo
Autor
Canto, Juliana Lorensi do
Machado, Carlos Cardoso
Souza, Amaury Paulo de
Garlet, Alencar
Carvalho, Rosa Maria Miranda Armond
Noce, Rommel
Institución
Resumen
Este trabalho foi desenvolvido com informações obtidas de 70 proprietários rurais fomentados, responsáveis por 90 contratos de fomento florestal, com o objetivo de caracterizar as condições de segurança do trabalho na colheita e transporte florestal, em propriedades rurais fomentadas no Estado do Espírito Santo. A área fomentada por contrato variava entre 1,5 e 100,0 ha, sendo de até 30 ha em 86,7% dos contratos e com relevo montanhoso em 61,2%. A colheita e transporte florestais foram terceirizados em 70 e 80% dos contratos amostrados, respectivamente, e realizados por conta dos proprietários nos demais. A maioria dos prestadores de serviço terceirizados era contratada informalmente. Foi empregada a mão-de-obra contratada na maioria dos contratos com colheita própria, sendo a maior parte não qualificada e contratada informalmente. Grande parte dos trabalhadores deslocava-se por conta própria até o local de colheita. Ocorreram acidentes de trabalho em 16,3% dos contratos, sendo 60% na colheita e transporte florestal próprios. A maioria dos acidentes aconteceu na atividade de corte e atingiu, principalmente, os membros inferiores e superiores do trabalhador acidentado. Os trabalhadores não utilizavam equipamentos de proteção individual em 62,1% dos contratos com colheita própria e em 23,0% dos terceirizados. Observou-se carência de material de primeiros socorros, bem como falta de instrução para o socorro de trabalhadores acidentados na colheita florestal. This research was developed with data obtained from 70 fomented farm owners in the State of Espírito Santo, Brazil, who were responsible for 90 forest contracts distributed in 22 cities of the State. The area fomented per contract ranged from 1.5 to 100 hectares, being 84.8% of contracts up to 30 ha and 59.8% with mountainous relief. Timber harvesting and log transport were outsourced and carried out by a subcontractor in 70% and 80% of the contracts respectively, whereas in the remaining contracts, they were carried out by the farm owners themselves. Most of the subcontractors were not formally hired with a signed contract. The workers of most contracts with timber harvesting carried out by farm owners were not formally hired and not qualified for the job. Great part of the workers used their own means of transport to the work place. Work accidents occurred in 16.3% of the contracts, with 60% of them taking place during timber harvesting and log transport by the farm owners. Most accidents took place in logging activities and causing injuries mainly to workers' inferior and superior limbs. The workers did not use personal protective equipment in 62.1% of the contracts with timber harvesting carried out by the farm owner and in 23% of outsourced contracts. It was verified lack of first aid materials and training to help injured workers during timber harvesting.