Dissertação
Ensaio de digestibilidade em eqüinos recebendo rações com uréia
Registro en:
FURTADO, Sandra Iara. Ensaio de digestibilidade em eqüinos recebendo rações com uréia. 1991. 59 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 1991.
Autor
Furtado, Sandra Iara
Institución
Resumen
0 presente trabalho foi realizado nas dependências do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, com o objetivo de estudar a digestibilidade da matéria seca (MS), da matéria orgânica (MO), da proteína bruta (PB), da energia bruta (EB) e dos componentes da fração fibrosa: fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e hemicelulose (HEM), de dietas compostas de fubá de milho, farelo de soja, farelo de trigo e diferentes níveis de uréia (0, 1 e 2%). A fase de campo do experimento constou de dois períodos, e foram utilizados oito potros mestiços, com peso médio de 170 kg, alojados em gaiolas de metabolismo e distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e quatro repetições. O volumoso utilizado foi o capim elefante (Pennisetum purpureum, Schum), que correspondia a 1,3% da MS da dieta. Cada grupo recebeu um tipo de concentrado, que caracterizou os tratamentos experimentais, de acordo com o seguinte esquema: T1 - concentrado sem uréia + volumoso; T2 concentrado com 1% de uréia + volumoso; T3 - concentrado com 2% de uréia + volumoso; T4 - capim elefante, verde e picado. O concentrado foi fornecido na proporção de 1,3% da MS ingerida diariamente por animal, de acordo com o peso vivo do animal. O tratamento T4 não foi incluído nas análises estatísticas, em função da grande diferença existente entre composição química do capim-elefante e das outras dietas experimentais. Os coeficientes de digestibilidade foram determinados nas rações totais (concentrado + volumoso) e no volumoso. Os coeficientes de digestibilidade dos concentrados foram calculados por diferenca, ou seja, excluindo o efeito do volumoso dos coeficientes de digestibilidade das rações totais, segundo metodologia citada por COELHO da SILVA e LEÃO (1979). As digestibilidades aparentes da matéria seca, da matéria orgânica, da energia bruta e da proteína bruta não foram afetadas pela adição de uréia. Contudo, os coeficientes de digestibilidade da fibra em detergente neutro, da fibra em detergente ácido e da hemicelulose foram superiores (P<0,05) quando se adicionou uréia aos concentrados, sendo os maiores valores observados nos animais que consumiram ração com 1% de uréia. Nas condições do presente experimento, foi possível observar que a adição de 1 e 2% de uréia nos concentrados não afetou a digestibilidade da MS, MO, EB e PB, entretanto, favoreceu a digestibilidade dos componentes da fração fibrosa das dietas. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico