Artigo
Relações entre parte aérea e raízes em povoamentos de teca
Autor
Neves, Júlio César Lima
Behling, Maurel
Felipe, Rafaella Teles Arantes
Farias, Jaqueline Bento
Carvalho, Géssica de
Institución
Resumen
Há pouca informação disponível sobre a relação entre folhas e raízes de teca, cultivada no Brasil. O objetivo deste trabalho foi avaliar se a biomassa dos componentes da parte aérea e a área foliar são bons estimadores da biomassa e da superfície de raízes, em povoamentos de teca (Tectona grandis). Na amostragem, realizada em árvores de teca, com 17 e 90 meses de idade, em parcelas estabelecidas em talhões comerciais em Tangará da Serra, MT, foram individualizados os componentes raízes, folhas, galhos e tronco, determinando-se, posteriormente, suas biomassas secas, AFE (área foliar específica) e ARE (área radicular específica). A superfície da folha de uma árvore jovem é quatro vezes maior que a superfície de uma folha de árvore adulta de teca. A superfície de raízes finas (< 2 mm) das árvores adultas é quatro vezes maior que a superfície de raízes médias (2 a 5 mm). A AFE foi de 13,14 m2 kg -1 e a ARE de 13,86 m2 kg -1 , indicando
eficiência semelhante quanto à utilização do C na produção de superfícies para aquisição de radiação solar, água e nutrientes e, ainda, que há sincronia na alocação de C entre folhas e raízes finas para formação de novos tecidos foliares e radiculares. O IAF (Índice de Área Foliar) médio foi 1,2 m 2 m -2 , nas árvores jovens, e de 8,3 m 2 m -2 , nas árvores adultas. As relações entre áreas foliares e biomassas das partes aéreas com as áreas superficiais e biomassas de raízes finas e médias refletem os padrões de alocação de carbono nas árvores, até a idade em que foram avaliadas. A área foliar é um bom estimador da área superficial de raízes de teca. There is little information available about teak leaves and roots in Brazil. The objectives of this work were to evaluate if the above-ground components, biomass, and leaf area are good biomass and root surface estimators in teak (Tectona grandis) stands. In the sampling, executed in 17- and 90-month-old teak trees established in commercial stands, the roots, stem, branches, and leaves were separated to determine the dry biomass and specific leaf area (SLA) and specific root area (SRA). The leaf surface of a young tree was four times larger than the surface of an adult teak tree leaf. The fine roots surface (< 2 mm) was four times larger than the medium roots surface (2 to 5 mm) in adult trees. In these stands, on average, SLA was 13.14 m2 kg -1 and SRA was 13.86 m2 kg -1 , indicating similar C use efficiency in the production of surfaces for acquisition of resources (solar radiation, water, and nutrients) and suggesting that there was synchrony in the C allocation for leaves and roots. The leaf area index was 1.2 m 2 m -2 in the young plants and 8.3 m 2 m -2 in the adult plants. Leaf area and above-ground biomass have strong relationship with fine and middle roots area and root biomass, reflecting the carbon allocation patterns of trees at the age that they were assessed. Leaf area is a good estimator of the surface area of teak roots.