O consumo de uma alimentação balanceada é importante para atender as necessidades nutricionais e melhorar o desempenho físico e a resposta do organismo ao exercício, estimulando a síntese proteica. O exercício físico pode causar desequilíbrio metabólico e alterações no estado REDOX, ativando o sistema de defesa antioxidante endógeno. Assim, os objetivos deste estudo foram: desenvolver barra com alto conteúdo de proteínas que apresentasse valor nutricional agregado e avaliar o efeito do consumo desta barra no consumo alimentar, equilíbrio metabólico, estresse oxidativo, desempenho físico e hipertrofia muscular de ratos Wistar treinados e não treinados. Foram desenvolvidas três variações de sabores salgados para a barra alimentícia e estas foram submetidas à análise sensorial. No sabor controle da barra desenvolvida foi realizada análise de composição centesimal (AOAC, 2012), conteúdo de fenólicos totais (Folin-Cicalteau), análise de antioxidantes (DPPH) e perfil de ácidos graxos (Cromatografia gasosa). Ratos Wistar (n = 8/grupo) machos adultos jovens, foram submetidos ou não ao exercício de força resistido, e foram divididos em quatro grupos experimentais, recebendo dietas padrão (AIN-93M) ou dietas-padrão com substituição de 20% do aporte proteico proveniente da barra alimentícia: SED (sedentário + dieta padrão), SEDP (Sedentário + dieta padrão + barra); TRE (treinado + dieta padrão) e TREP (treinado + dieta padrão), 5x/semana, durante oito semanas. Avaliou-se o efeito sob medidas de consumo alimentar, antropométricas e de composição corporal, desempenho físico e hipertrofia muscular, como expressão gênica de Proteína Quinase B (AKT) e glicogênio sintase quinase 3 beta (GSK-3β) e quantificação de AKTp por imunoensaio), além de marcadores bioquímicos e de estresse oxidativo. A barra alimentícia apresentou 44,9% de proteínas e 23,0% de lipídios. O conteúdo total de fenólicos totais foi 0,37mg GAE/g de barra. Os antioxidantes presentes na amostra equivaleram a 1,57 mmol/TROLOX/g de barra. O ácido graxo majoritário presente foi o ácido oleico (45,8%) seguido, respectivamente pelos ácidos linoleico (16,83%), palmítico (6,59%) e decosanoico (4,03%). Quanto ao ensaiobiológico, os animais alimentados com a barra alimentícia apresentaram menor consumo alimentar (p<0,05), quando comparados aos alimentados com dieta padrão, sem diferença para o consumo proteico (p>0,05), diferente do resultado esperado. O consumo de lipídios nos grupos alimentados com barra foi superior (p<0,05) aos demais. Quanto às medidas biométricas, não houveram diferenças (p>0,05) entre os grupos para ganho de peso, IMC e Índice de Lee. A glicemia, marcadores de função hepática e renal também permaneceram inalterados (p>0,05). Quanto às enzimas e marcadores de estresse oxidativo, não houve diferença (p>0,05) entre os grupos experimentais. A oferta proteica proveniente da barra melhorou o desempenho físico (p<0,05) dos animais de acordo com a relação carga/peso, e os resultados histológicos demonstraram que a oferta proteica, quando avaliada como componente principal, exerceu influência sobre os grupos alimentados com barra na promoção da hipertrofia (% de miócitos e de matriz extracelular). Entretanto, a interação entre os fatores principais proteína e atividade física não foi capaz de promover maior hipertrofia e aumento da atividade de enzimas quando comparada ao grupo treinado, não aumentando a expressão gênica e quantificação de AKT. Para GSK-3β, a oferta proteica, bem como o exercício resistido levaram a uma redução da expressão gênica da proteína. Em conclusão, o produto desenvolvido obteve boa aceitação, apresentou alegações nutricionais, e in vivo auxiliou na redução do consumo alimentar, manteve o controle metabólico, melhorou o desempenho físico e induziu alterações em marcadores de hipertrofia muscular de animais adultos jovens submetidos ao exercício resistido. Palavras-chave: Barra Proteica Salgada. Hipertrofia. Alimentos Funcionais. Atividade Física.The consumption of a balanced diet is important to meet nutritional needs and improve physical performance and the body's response to exercise, stimulating protein synthesis. Physical exercise can cause metabolic imbalance and changes in the REDOX state, activating the endogenous antioxidant defense system. Thus, objectives of this study were: to develop a bar with high protein, lipids and dietary fiber and aggregated nutritional value and to evaluate the effect of consumption of this bar on food consumption, metabolic balance, oxidative stress, physical performance and muscle hypertrophy of trained and untrained Wistar rats. Three flavors were developed for the food bar and these were subjected to sensory analysis. Analysis of proximate composition (AOAC, 2012), content of total phenolics (Folin-Cicalteau), analysis of antioxidants (DPPH) and fatty acid profile (gas chromatography) was realized in control flavor food bar. Young adult male Wistar rats (n = 8 / group) were submitted to resistance exercise or not, were divided into four experimental groups, which received standard diets (AIN- 93M) or standard diets with replacement of 20% of protein from the food bar: SED (sedentary + standard diet), SEDP (Sedentary + standard diet + bar); TRE (trained + standard diet) and TREP (trained + standard diet), 5x / week, for eight weeks. The effect was evaluated under measures of food consumption, anthropometric and body composition, physical performance, muscle hypertrophy (gene expression of AKT and glucogen sintase kinase 3β -GSK-3β- and quantification of protein kinase B -AKTp- by immunoassay), biochemical markers and oxidative stress. Food bar showed 44.9% of proteins, 23.0% of lipids and 9.47% of dietary fiber. Total phenolic content was 0.37mg GAE/g bar. Antioxidants present in the sample were equivalent to 1.57 mmol / TROLOX / g of bar. The major fatty acid present was oleic acid (45.8%) followed, respectively by linoleic acid (16.83%), palmitic acid (6.59%) and decosanoic acid (4.03%). As for the biological test, animals fed with the food bar showed lower food consumption (p <0.05), when compared to those fed a standard diet, with no difference for protein consumption(p> 0.05), different from the expected result. Consumption of lipids in the groups fed with food bar was higher (p <0.05) than the others experimental groups. Weight gain, BMI and Lee's index, blood glucose, markers of liver and kidney function and oxidative stress markers did not change (p> 0.05) among experimental groups. The food bar improved the physical performance (p <0.05) of the animals according to the load/weight ratio, and the histological results showed that the protein supply from food bar, when evaluated as the main component, had an influence on the groups fed with bar in promoting hypertrophy (% of myocytes and extracellular matrix). However, the interaction between the main factors protein and physical activity was not able to promote increase hypertrophy and AKT gene expression and protein quantification relative to the trained group. However, food bar associated with resistance exercise decreased (<0.05) GSK-3β gene expression. In conclusion, developed food bar showed good acceptance and nutritional claims, and in in young adult animals submitted to resistance exercise the food bar decreased food consumption, maintained metabolic control, improved physical performance and increased muscle hypertrophy markers. Key words: Salty Protein Bar. Hypertrophy. Functional Foods. Physical Activity