Tese
Biologia e parasitismo social em Acromyrmex subterraneus subterraneus Forel, 1893 e Acromyrmex ameliae Souza et al, 2007
Biology and social parasitism in Acromyrmex subterraneus subterraneus Forel, 1893 and Acromyrmex ameliae Souza et al, 2007
Registro en:
SOARES, Ilka Maria Fernandes. Biology and social parasitism in Acromyrmex subterraneus subterraneus Forel, 1893 and Acromyrmex ameliae Souza et al, 2007. 2007. 107 f. Tese (Doutorado em Ciência entomológica; Tecnologia entomológica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2007.
Autor
Soares, Ilka Maria Fernandes
Institución
Resumen
Parasitismo social é a coexistência, em um mesmo ninho, de duas espécies de insetos sociais, uma das quais é parasiticamente dependente da outra. Existem vários tipos de parasitismo social, sendo o inquilinismo o mais derivado. Nesse tipo de relação, as espécies parasitas dependem inteiramente da espécie hospedeira. Operárias podem estar presentes, mas normalmente, em pequeno número e não desempenham todas as funções necessárias para a manutenção da colônia. Acromyrmex ameliae, uma parasita social de Acromyrmex subterraneus subterraneus e de Acromyrmex subterraneus brunneus, foi descoberta em 2003 em áreas de eucalipto na Fazenda Itapoã (V & M Florestal Ltda) em Paraopeba - MG. Estudos posteriores sobre essa espécie parasita estão descritos neste trabalho que visou compreender aspectos biológicos e comportamentais entre a hospedeira e a parasita de modo a contribuir para o conhecimento e a compreensão da evolução do comportamento e parasitismo sociais. A. ameliae é uma inquilina que apresenta a casta das operárias menores que diferem das operárias hospedeiras da mesma casta por apresentarem corpo rugoso e mais piloso, olhos proeminentes, além de terem a distância da bulla até o espiráculo maior que a das operárias hospedeiras. Com glândulas metapleurais menores que as operárias hospedeiras, é possível que, as operárias parasitas sejam mais susceptíveis a patógenos. As rainhas parasitas são menores que as operárias maiores da hospedeira e a presença delas, assim como das suas operárias, não interferem de modo significativo na produção de ovos, mas inibem a produção de sexuados da subespécie hospedeira. Espermatozóides são diferentes nas duas espécies. Acromyrmex subterraneus subterraneus possui espermatozóides e núcleos espermáticos mais longos (105 µm e 9,5µm, respectivamente) que A. ameliae (91,3 µm e 7µm, respectivamente). O diâmetro do espermatozóide da subespécie hospedeira é constante, exceto no final quando afila abruptamente. Já na espécie parasita o núcleo afila abruptamente a partir do terço anterior. Tanto as operárias hospedeiras quanto as operárias parasitas atendem aos imaturos das duas espécies. A espécie hospedeira tem acentuada preferência por imaturos coespecíficos companheiros de ninho. Mas não há preferência da operária por uma larva companheira de ninho parasita e outra coespecífica, não companheira. Quanto às operárias parasitas, estas têm nítida atratividade por larvas coespecíficas em relação às hospedeiras quando estas não são oriundas do mesmo ninho. No entanto, quando as larvas são provenientes da mesma colônia, elas não apresentaram discriminação. A entrada e permanência da rainha parasita no ninho estão relacionadas à fecundidade e ao tempo de invasão da colônia. A glândula de Dufour está associada a este processo, uma vez que secreções de fêmeas parasitas virgens não exercem nenhum efeito atrativo sobre operárias, porém as de fêmeas fecundadas são atrativas às operárias das duas espécies. Essas secreções também devem ser importantes na manutenção do parasitismo, uma vez que as da rainha parasita são atrativas às operárias das duas espécies e as da rainha hospedeira só atraem as operárias coespecíficas. Rainhas hospedeiras provenientes de colônias não parasitadas são mais agressivas com rainhas de A. ameliae do que rainhas oriundas de colônias parasitadas. Rainhas hospedeiras apresentaram mais hidrocarbonetos cuticulares que rainhas parasitas, no entanto, resultados contrários foram encontrados nas operárias e larvas, implicando em maiores investigações para esclarecimentos sobre o assunto. Social parasitism is the coexistence in the same nest of two species of social insects, one of which is parasitically dependent on the other. There are several types of social parasitism, the inquilinism being the most derived. In this relationship, the parasitic species depend entirely on the host. Workers may be present but usually in small numbers, and do not perform all the tasks necessary for colony maintenance. Acromyrmex ameliae, a social parasite of Acromyrmex subterraneus subterraneus, and of Acromyrmex subterraneus brunneus, was discovered in 2003 in eucalypt plantations located in the Itapoã (V&M Florestal Ltda.) Farm, in Paraopeba, MG. Further studies of this parasite are described in this work, dealing with biological and behavioral aspects of the association host-inquiline and its evolution. Acromyrmex ameliae is an inquiline that has minor workers, differing from the host workers by having a rugous, hairy body, prominent eyes and a bulla-spiracle distance that is larger than that of the host workers. Having also smaller metapleural glands, it is possible that they are more susceptible to pathogens than host workers. The parasite queens are smaller than the host workers and their presence, as well as of their workers, do not interfere significantly in the egg production but inhibit the production of sexuals of the host subspecies. Spermatozoa are different in both species. Acromyrmex subterraneus subterraneus has spermatozoa and spermatic nuclei longer (105 µm and 9.5 µm respectively) than A. ameliae (91.3 µm and 7 µm, respectively). Spermatozoa diameter of the host is constant, except a its end, when it tapers abruptly. In the parasite, the nuclei thins abruptly from the anterior third. Both host and parasite workers tend to the immatures of both species although the host workers do prefer co-specific immature nestmates. Larvae from the same nest are not discriminated. Host workers are attracted by larvae of their species, if they are not from the same nest. However, if larvae are from the same colony, there is no preference. The entrance and permanence of a parasite queen in a host nest are related to its fecundity and to the lapse of time since colony invasion. The secretions of the Dufour gland seem to be associated to the invasion and acceptance process, because secretions from virgin females do not have an attractive effect of workers but those of fertilized queens are attractive to workers of both species. These secretions must be important for maintenance of parasitism; those of the parasite attract both species while those of the host queen attract only host workers. Host queens taken from non-parasitized colonies are more aggressive toward queens of A. ameliae than to queens from parasitized nests. Host queens showed larger quantities of cuticular hydrocarbons than parasite queens; however, opposite results were found for workers and larvae. This deserves further investigation.
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