Dissertação
Multiplicação artificial e manejo de colônias de Melipona quadrifasciata Lep. (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae)
Registro en:
AIDAR, Davi Said. Multiplicação artificial e manejo de colônias de Melipona
quadrifasciata Lep. (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae). 1995. 85 f. Dissertação (Mestrado em Entomologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 1995.
Autor
Aidar, Davi Said
Institución
Resumen
Os estudos foram realizados no meliponário da Universidade
Federal de Viçosa (UFV), em Viçosa-MG, entre fevereiro de 1993 e
agosto de 1994. A partir de seis colônias-matrizes de Melipona
quadrifasciata Lep., com notas entre 7,0 e 10,0, foram formadas 14
colônias-filhas, tendo sido empregados três métodos: 1) formação com
rainha fisogástrica acasalada naturalmente; 2) formação em orfandade; e
3) formação com rainha fisogástrica acasalada em laboratório. Para
avaliação dessas colônias, foram atribuídas notas que variaram de 1,0 a
10,0. Cada colônia-filha recebeu 100 abelhas adultas, 100 jovens e um
favo nascente com 100 células, mais alimentação artificial progressiva
com xarope-A e pólen à vontade, administrados internamente às colméias
em potes artificiais construídos com cera de abelhas africanizadas.
A inferência de nota foi baseada em dados de observação direta dos
principais elementos que compõem colônias dessa espécie: potes de
alimentos, favos de crias, postura, entrada da colméia, número de
campeiras, resina coletada, organização interna das abelhas, tamanho do
invólucro do ninho e ganho de peso real. As revisões para coleta dos
dados foram realizadas de dez em dez dias, até a colônia chegar à nota |
7,0. Todas as colméias foram confeccionadas em madeira (pinho),
apresentando duas alças cada uma, sendo que cada alça media 10 x 20 x 6.
Por meio de representação gráfica, regressão linear simples e modelos
matemáticos, foi avaliado o desempenho das colônias de cada método ao
longo do tempo, após sua formação. O método 3 demonstrou ser o mais
eficiente no sentido de formar novas colônias com nota 7,0, ou acima
desta, em menos tempo (195 dias), porém, requer equipamentos de
laboratório e manejo mais sofisticados. Para a meliponicultura em geral e
em locais onde o número de colônias excede 44, o método 2 demonstrou
ser 0 mais indicado, por apresentar manejo simples e exigir pouco material
para sua execução, além de ter sido mais eficiente na relação número de
colônias formadas e número de colônias que chegaram à nota 7,0.
Objetivando a avaliação numérica, por meio de notas de 1,0 a 10,0, de
colônias de Melipona quadrifasciata Lep., apenas a variação de peso não
fornece segurança, já que esta variável pode permanecer constante em
determinados períodos, enquanto a variável nota cresce. Assim, aos
principais elementos que compõem uma colônia dessa espécie, foi
atribuído um valor, de acordo com sua importância. O somatório destes
valores forneceu a nota geral. O xarope-A demonstrou palatabilidade e
valor nutritivo aceitáveis para as meliponas estudadas, não ocorrendo
rejeição, e as rainhas das colônias alimentadas artificialmente
apresentaram desenvolvimento fisogástrico e crias normais. As dimensões
dos potes artificiais que foram aceitas pelas abelhas foram: 1,5 x 2,5 cm.
Quando foram utilizados potes maiores ou menores, ocorreu sua
destruição pelas operárias. Com relação ao volume das colméias, 3 litros
foi o ideal, pois quando a terceira alça foi acrescentada não houve
crescimento dos enxames, mas sim uma maior deposição de geoprópolis
na região interna dessa alça. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico