Dissertação
Cohabitation and conflict in cohabiting termite species
Coabitação e conflito em espécies de cupim coabitantes
Registro en:
SANTOS, Helder Hugo dos. Cohabitation and conflict in cohabiting termite species. 2016. 33 f. Dissertação (Mestrado em Entomologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.
Autor
Santos, Helder Hugo dos
Institución
Resumen
In spite of behaving aggressively against nest intruders, termites are frequently found sharing their constructions with another termite species. Once in a single nest, cohabiting termites face the challenge to deal with conflicts that may arise from eventual encounters. An intriguing question is how cohabitation in such terms is even possible. Previous investigations have suggested that inquiline termites would adopt strategies to reduce frequency of encounter with their hosts. However, be- cause nests may be considered physical boundaries confining individuals in a single environment, it is plausible to suppose that in the long term host-inquiline encoun- ters would eventually take place and under these circumstances inquilines would be required to behave accordingly and prevent conflict. This prediction, however, has never been directly tested and little is known about what actually happens at host- inquiline encounters. Here we show that once inevitably exposed to hosts, inquiline termites tend to behave peacefully and weaken confront escalation, even when di- rect contact with opponents is already established. We found in focal ethograms that inquilines present low aggressiveness profile, interacting very little with hosts even under forced condition such as experimental arenas. We show different eva- sive manoeuvres performed by inquilines such as reverse, bypassing and an intricate mechanism using defecation to repel hosts, suggesting that active avoidance seems to be also in place. The set of behavioural adaptations we described may play an important role in cohabitation since it could improve chances of nest-sharing by hosts and inquilines without major problems. Apesar de seu comportamento agressivo frente a invasores de ninho, cupins s ̃ao frequentemente encontrados compartilhando suas construções com outras espécies de cupins. Uma vez em um único ninho, cupins coabitantes enfrentam o desafio de lidar com os conflitos que podem surgir de eventuais encontros. Uma questão intrigante ́e como coabitações desse tipo são possíveis. Estudos anteriores tem sugerido que cupins inquilinos adotariam estratégias de redução da frequência de encontro com seus hospedeiros. Entretanto, uma vez que ninhos podem ser considerados limites físicos que confinam os indivíduos em um único ambiente, ́e plausível supor que,`a longo prazo encontros entre hospedeiros e inquilinos acabariam ocorrendo e nestas circunstâncias inquilinos precisariam agir de maneira adequada evitando o conflito. Essa predição teórica, todavia, nunca foi diretamente testada e na verdade pouco se sabe sobre o que realmente acontece em encontros entre hospedeiros e inquilinos. Aqui mostramos que, uma vez expostos aos seus hospedeiros, cupins inquilinos tendem a se comportar de forma pacífica evitando o aumento de confronto, mesmo quando o contato direto com oponentes ́e estabelecido. Por meio de etogramas focais, observamos que inquilinos apresentam um perfil de baixa agressividade, interagindo muito pouco com hospedeiros mesmo sob condições forçadas, tais como arenas experimentais. Nossos resultados apresentam diferentes manobras evasivas executadas pelos inquilinos, sugerindo que provavelmente existe evitação ativa. O conjunto de adaptações comportamentais que descrevemos pode ter um papel importante na coabitação de espécies, uma vez que poderia incrementar as chances de partilha de ninho entre hospedeiros e inquilinos sem maiores problemas. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais