Agência Nacional de Petróleo - Programa de Recursos HumanosAs refinarias de petróleo descartam grandes quantidades de efluentes que, sem o tratamento adequado, podem causar danos irreversíveis ao meio ambiente. O sistema de tratamento básico dos efluentes das refinarias é capaz de remover a ecotoxicidade aguda dos mesmos, contudo, é comum que os efluentes ainda apresentem ecotoxicidade crônica ao final do tratamento. Dessa maneira, o descarte desses efluentes provoca efeitos subletais, prejudicando os organismos dos ecossistemas aquáticos. Com isso, o trabalho objetivou realizar um levantamento da ecotoxicidade crônica em efluentes de refinarias de petróleo, a fim de apontar os agentes tóxicos presentes nos efluentes tratados, evidenciando as possíveis fontes desses contaminantes, com o objetivo de propor soluções para a remoção da ecotoxicidade crônica. Dois casos de estudos em que foi aplicada a metodologia de Avaliação e Identificação de Toxicidade (AIT) foram analisados e cada um deles apresentou agentes tóxicos diferentes, ressaltando a grande complexidade do processo de refino podendo este liberar diversos contaminantes no efluente final. No primeiro estudo de caso de metodologia AIT analisado, os metais cobre, zinco, chumbo e níquel foram os responsáveis por causar ecotoxicidade crônica nos efluentes. O segundo estudo de caso apresentou nitrogênio amoniacal e os metais cobre, níquel, zinco e lítio como causadores de ecotoxicidade crônica. O sistema de nanofiltração foi proposto como tratamento terciário dos efluentes de refinaria para remoção de todos esses contaminantes encontrados, mostrando-se como uma boa solução para a remoção de compostos responsáveis pela ecotoxicidade crônica dos efluentes das refinarias de petróleo.