Atualmente uma das principais causas de morte são doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, que podem favorecer o desenvolvimento de trombose, doença a qual necessita de terapia anticoagulante. Há cerca de 50 anos a heparina, potente anticoagulante utilizado na clínica, é comercializado com tal atividade farmacológica. Todavia, este composto possui alguns efeitos colaterais, dentre eles: hemorragia e trombocitopenia; sua extração é realizada de bovinos e suínos, encontrando-se em baixas concentrações nesses animais; e existem riscos de contaminação por xenobióticos - príon (“mal da vaca louca”) ou vírus (“gripe suína”). Desta maneira, uma alternativa para se buscar por novos anticoagulantes seria uma fonte de origem vegetal como as algas marinhas, organismos evolutivamente distantes dos humanos, os quais são fontes abundantes de polissacarídeos sulfatados, dentre estes fucanas e galactanas sulfatadas. Relatos científicos mostram que a galactana sulfatada proveniente da alga marinha Botryocladia occidentalis possui ação anticoagulante via antitrombina tão potente quanto à da heparina. Com base nisto se tem por objetivo desenvolver um sistema nanoparticulado composto por quitosana e galactana sulfatada oriunda da B. Occidentalis que mantenha sua atividade anticoagulante e ofereça vantagens intrínsecas de nanossistemas. Como resultado se obteve uma nanoformulação, a qual espera-se possuir menos riscos de efeitos colaterais comparado a heparina, e que principalmente, mantenha sua ação anticoagulante.