Trabalho de conclusão de graduação
Análise de sustentabilidade para produção de propileno glicol a partir de glicerol em comparação com processo convencional
Autor
Lopes, Pedro Danenhauer Castellano Ambrosio
Institución
Resumen
Os combustíveis fósseis são as principais fontes para o atendimento da crescente demanda
energética global. Porém, diversos países têm direcionado esforços para diminuir a
dependência desses combustíveis de origem não renovável, visando um menor impacto
ambiental em seus territórios. Neste contexto, o biodiesel se apresenta como uma
alternativa de energia limpa e renovável. No cenário do Brasil, o biodiesel não possui
vantagem econômica frente ao diesel de petróleo. Além disso, na transesterificação de
triglicerídeos, um grande volume de glicerol é formado como subproduto. O glicerol pode
ser empregado como um precursor de produtos que possuem maior valor agregado, como
o propileno glicol (ou 1,2-propanodiol). Desta maneira, abre-se uma oportunidade para
explorar melhor a cadeia de produção de biodiesel através da estimulação do mercado de
glicerol. Uma análise técnico-econômica da produção de propileno glicol empregando o
glicerol como matéria-prima foi realizada em um trabalho anterior, apresentando
viabilidade econômica satisfatória para uma rota que utiliza hidrogênio oriundo de fonte
externa, processo considerado “parcialmente verde”, e uma rota “verde”, com a reforma
à vapor do glicerol adicional ao processo anterior para gerar hidrogênio necessário para
suprir a demanda, produzindo propileno glicol renovável. Portanto, o objetivo deste
trabalho foi comparar a sustentabilidade da produção de propileno glicol verde ou
parcialmente verde a partir do glicerol com a sua rota de produção convencional, por meio
de princípios e métricas de engenharia verde. O processo considerado “parcialmente
verde”, realizando a hidrogenólise do glicerol com hidrogênio oriundo de fonte externa,
obteve resultados mais satisfatórios na análise deste presente trabalho acerca do
desempenho sustentável, já que este processo possui um gasto menor com insumos,
equipamentos e outros custos inerentes ao processo menores, gerando custo de ciclo de
vida menores e maior valor presente líquido. Para além, apesar do processo “parcialmente
verde” ter uma emissão maior de CO2 que o processo “verde”, esta diferença não é muito
expressiva ao se comparar com o consumo de água de processo do projeto que produz
hidrogênio mediante reforma à vapor do glicerol.