Trabalho de conclusão de graduação
Análise técnico-econômica do tratamento de água produzida para remoção de óleo pela combinação dos processos de microfiltração e ozonização
Autor
Nascimento, Sabrina Costa Souza
Institución
Resumen
Durante o processo de produção de petróleo, ocorre a coprodução de óleo, gás e água.
Essa água é chamada de água produzida, e consiste no efluente de maior volume e
complexidade na indústria petrolífera. A composição da água produzida pode ser bastante
diversificada, sendo o teor de óleos e graxas (TOG) o parâmetro que merece maior atenção.
Em unidades marítimas de produção, o tratamento convencional visando à remoção do TOG
ocorre por meio de hidrociclones e flotação, porém, a redução do TOG é relativamente baixa,
suficiente apenas para possibilitar o descarte dessa água ao mar. Tendo como objetivo a
injeção em reservatórios, e consequentemente, a redução de custos com tratamento de água do
mar, este estudo apresenta uma avaliação técnico-econômica, estimando custos de
investimento e operação com a utilização de rotas alternativas ao tratamento convencional da
água produzida, substituindo a flotação. Os tratamentos alternativos propostos englobaram um
pré-tratamento, com coalescedor em leito e/ou flotação por ar dissolvido e/ou ozonização, e o
tratamento com membranas de microfiltração, poliméricas submersas ou cerâmicas. Os custos
totais obtidos variaram entre US$ 0,220-0,419 por metro cúbico de água produzida, sendo o
menor valor encontrado para o tratamento com coalescedor em leito, ozonização e membranas
cerâmicas. Os maiores custos foram obtidos para rotas incluindo membranas poliméricas. A
inclusão do coalescedor em leito ao pré-tratamento com ozonizador reduziu o TOG na
alimentação do ozonizador, diminuindo a dose de ozônio necessária, e, consequentemente, o
custo de investimento com o equipamento. Já a adição do tratamento de flotação por ar
dissolvido (FAD) ao ozonizador gerou um pequeno aumento do TOG na alimentação da
membrana, quando comparado ao pré-tratamento somente com ozônio. Isso ocorreu devido à
etapa de FAD não ter grande eficiência de remoção, apresentando assim um incremento nos
custos do processo. Comparados ao tratamento convencional, todas as rotas propostas
apresentaram acréscimo no valor do investimento de no mínimo US$ 7.000.000,00, com
tempo de retorno de 8 anos para membranas cerâmicas e de 30-35 anos para membranas
poliméricas, tornando a utilização destas inviável. Dessa forma, pode-se concluir que a
utilização do tratamento com membrana cerâmica é o método menos oneroso dentre os
avaliados. Com base na qualidade do efluente e nos custos, todas as propostas apresentadas
com esta membrana demonstraram-se igualmente favoráveis, porém, devido à limitação de
espaço e peso, o processo com pré-tratamento somente com ozônio apresentou o maior
potencial de utilização.
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