Trabalho de conclusão de graduação
Suplementação de ácido graxo Ômega-3 de origem animal ou vegetal: qual apresenta maior eficácia?
Registro en:
VIANA, Dryelle Alves. Suplementação de ácido graxo Ômega-3 de origem animal ou vegetal: qual apresenta maior eficácia? 2022. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia) – Instituto de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Macaé, 2022.
Autor
Viana, Dryelle Alves
Institución
Resumen
Introdução: Lipídeos biológicos são estruturas de grande importância para o funcionamento dos organismos vivos e os mais conhecidos são os ácidos graxos. Estes podem ser classificados de diferentes formas de acordo com sua estrutura. Os poli-insaturados originam metabólitos importantes para o funcionamento fisiológico e são classificados, de acordo com a localização estrutural da sua ligação dupla, em ácidos graxos ômega-3 (ácido α -linolênico, “LNA”), dando origem aos metabólitos EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosapentaenóico), e ácidos graxos ômega-6 (ácido linoleico, “LA”), que são precursores dos metabólitos AA (ácido araquidônico) e DPA (ácido docosapentaenóico). Atuando juntos, essas estruturas possuem importante papel na regulação da homeostase inflamatória e antiinflamatória, vasodilatação e vasoconstrição, broncoconstrição e broncodilatação e agregação e antiagregação plaquetária, entre outras funções. Já é visto na literatura que o equilíbrio entre os metabólitos EPA e DHA é importante por possuírem efeitos antagônicos, sendo o DHA pró-inflamatório e importante para o tecido cerebral, e EPA possuindo função anti-inflamatória com benefícios relacionados à saúde cardiovascular. Entretanto, a fisiologia natural humana não é capaz de produzir estes lipídeos de forma endógena fazendo com que seja necessária a ingestão através da dieta, o que os classificam como Ácidos Graxos Essenciais (AGEs) e são encontrados em animais marinhos, principalmente peixes de água fria e alguns vegetais como linhaça, chia, soja e algas. Objetivo: Com isso, este trabalho objetiva analisar estudos publicados dos AGEs de ambos os tipos de ômega-3 (animal e vegetal) para comparar a equivalência e funcionalidade da concentração de EPA e DHA que os alimentos fornecem e para que haja uma melhor orientação na recomendação de ômegas de fontes vegetais, visto que, segundo a Anvisa, a recomendação oficial é somente de fonte animal. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura acerca do ácido graxo ômega-3 utilizando-se de bases científicas eletrônicas como SciELO e Pubmed com os seguintes termos de indexação: ômega-3, ácidos graxos essenciais, ácidos graxos poli-insaturados, ômega-3 vegetal, nutrição humana, leite materno, biomarcadores, suplementação, funcionalidade e seus correspondentes em inglês. O período de tempo dos artigos revisados foi de 2010 a 2022, incluindo artigos citados pertinentes ao tema do trabalho, excluindo àqueles que não discutiam a funcionalidade do ômega-3 na alimentação. Resultados e conclusão: Dentre os artigos estudados, observamos que as fontes animais de ômega-3 ainda se mostraram a melhor opção dietética para a inclusão destes ácidos graxos na alimentação para benefício da saúde e fisiologia humana. Porém, óleos de alga são fontes vegetais que têm demonstrado grande potencial para aumento da concentração plasmática de EPA e DHA no organismo e sua ação funcional deve ser mais amplamente estudada.