Trabalho de conclusão de graduação
Potências hegemônicas e o comércio internacional: uma análise comparada das visões de Kindleberger e Keohane-Nye acerca da relação entre potências hegemônicas e o comércio internacional, com ênfase no caso da OMC durante o governo Trump
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SOUZA, Guilherme Pessoa Brito de. Potências hegemônicas e o comércio internacional: uma análise comparada das visões de Kindleberger e Keohane-Nye acerca da relação entre potências hegemônicas e o comércio internacional, com ênfase no caso da OMC durante o governo Trump. 2021. 70 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Econômicas) - Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
Autor
Souza, Guilherme Pessoa Brito de
Institución
Resumen
As crescentes tensões entre o governo dos Estados Unidos e a Organização Mundial do Comércio, em especial acirradas pelo governo de Donald Trump, trazem à tona debates sobre a posição norte-americana dentro do sistema de regulação do comércio internacional. Tendo em vista o papel deste país em construir e influenciar as regras que regem o comércio internacional, a decisão de se opor ao sistema que eles mesmos criaram parece paradoxal. Esta monografia visa a examinar este comportamento, baseando-se em duas perspectivas teóricas da Economia Política Internacional: a Teoria da Estabilidade Hegemônica, de Charles P. Kindleberger; e a Interdependência Complexa, de Robert Keohane e Joseph S. Nye. A reflexão discutirá em que medida as análises de Kindleberger e de Keohane e Nye ajudam a entender este comportamento paradoxal. Desta forma, no primeiro capítulo será apresentada a visão de Kindleberger sobre a necessidade de liderança por uma potência hegemônica para a estabilização do sistema internacional. Já no segundo capítulo, a visão de Keohane e Nye sobre como a crescente interdependência possibilita formas de liderança descentralizadas. No terceiro, uma leitura histórica do processo de regulação do comércio internacional, de Bretton Woods até os conflitos recentes entre os EUA e a OMC. Por fim, as considerações finais vão refletir sobre a capacidade interpretativa das teorias apresentadas quanto ao contexto atual.