Trabalho de conclusão de graduação
O estado como promotor do desenvolvimento análise das políticas de ciência e tecnologia (C&T) como estratégia industrializante nos “milagres” sul-coreano e brasileiro
Registro en:
COSTA, Gustavo da Silva. O estado como promotor do desenvolvimento análise das políticas de ciência e tecnologia (C&T) como estratégia industrializante nos “milagres” sul-coreano e brasileiro. 2021. 85 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Econômicas) - Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
Autor
Costa, Gustavo da Silva
Institución
Resumen
O presente trabalho analisa o papel do Estado como promotor de duas experiências desenvolvimentistas na segunda metade do século XX, os “milagres” sul-coreano e brasileiro, com destaque para o desenvolvimento das áreas de ciência e tecnologia (C&T) como parte da estratégia industrializante nos respectivos países. Investiga-se quais foram as condições que permitiram o Estado sul-coreano a ingressar ativamente no novo paradigma tecnológico-organizacional dos anos 1980, para apurar as razões que impediram o Estado brasileiro de fazer o mesmo. A partir da apresentação da literatura sobre a relevância do Estado na promoção do desenvolvimento em industrializações tardias, explorou-se as características gerais e os resultados dos projetos nacional-desenvolvimentistas dos Estados sul-coreano e brasileiro. Argumentou-se que ambos os países concluíram sua industrialização pesada no final da década de 1970, mas as transformações no cenário internacional da virada da década impactaram de forma desigual a Coreia do Sul e o Brasil. As conclusões apontaram para a relevância dos fundamentos do padrão de desenvolvimento na determinação da trajetória dos países pós-1980, quando o Estado sul-coreano, por condicionantes internos e externos, consegue absorver os choques internacionais e assim direcionar sua estratégia industrializante para incorporar sua
estrutura produtiva ao paradigma tecnológico-organizacional emergente, enquanto o Estado brasileiro perde sua capacidade de liderar e coordenar os investimentos na economia por conta dos graves desequilíbrios macroeconômicos que passam a ditar a natureza das políticas econômicas do país.